A Àrvore do Conhecimento Capítulo 2


PorAnônimo- Postado em 16 abril 2010

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO
- MATURANA, R. Humberto. VARELA, J. Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. 6ª. ed. Tradução Humberto Marioti e Lia Diskin. São Paulo: Palas Athena, 2001.
Capítulo 2 – A Organização do Ser Vivo
1. Introdução
O Capítulo 2 trata da Organização do Ser Vivo, principiando por afirmar que “todo conhecer é um fazer daquele que conhece” (assim como todo fazer é um conhecer).
A pergunta que se segue é como ocorre esse fazer surgir o conhecer.

2. História da Terra
No tópico, os autores fixam alguns marcos da transformação material que tornou possível o aparecimento dos seres vivos.
Em especial indicam as transformações ocorridas nas moléculas de carbono, ou moléculas orgânicas, visto que estas podem formar, sozinhas, e com a participação de muitas outras espécies de átomos uma quantidade ilimitada de cadeia.

3. O Aparecimento dos Seres Vivos
O surgimento da vida teve origem a quatro bilhões de anos quando passaram a ocorrer transformações moleculares nos oceanos. Os humanos, portanto, são descendentes de seres de quatro bilhões de anos.

4. Organização Autopoiética
Organização autopoiética significa que cada ser vivo, considerado como uma unidade, possui e é determinado por sua estrutura, que por sua vez, sendo fechada a interações com o meio produz a si próprio através de uma organização do sistema.
A organização não é específica dos seres vivos, mas nestes sua característica está em seu único produto soa eles mesmos.
5. Autonomia e Autopoiése
A autonomia dos seres vivos é uma alternativa à posição representacionista. Por serem autônomos, eles não podem se limitar a receber passivamente informações e comandos vindos de fora. Não “funcionam” unicamente segundo instruções externas.
Conclui-se, então, que se os considerarmos isoladamente eles são autônomos. Mas se os virmos em seu relacionamento com o meio, torna-se claro que dependem de recursos externos para viver. Desse modo, autonomia e dependência deixam de ser opostos inconciliáveis: uma complementa a outra. Uma constrói a outra e por ela é construída, numa dinâmica circular.
Com efeito, afirma Maturana que “a síntese mínima do que seja um ser vivo: um processo circular de produções moleculares no qual o que se mantêm é a circularidade das produções moleculares.”. Em outros termos, autopoiése significa produzir a si próprio ou como dizem os autores o “seu único produto são eles mesmos” (p. 57).
Para Maturana e Varela “a característica mais peculiar de um sistema autopoiético é que ele se levanta por seus próprios cordões, e se constitui como diferente do meio por sua própria dinâmica, de tal maneira que ambas as coisas são inseparáveis.”

6. Fenomenologia
“O aparecimento de unidades autopoiéticas sobre a superfície da Terra delimita um marco na história de nosso sistema solar. [...] A formação de uma unidade determina sempre uma série de fenômenos associados às características que a definem, o que nos permite dizer que cada classe de unidades especifica uma fenomenologia particular, Assim, as unidades autopoiéticas especificam a fenomenologia biológica como uma fenomenologia que lhes é própria, e que tem características diferentes da fenomenologia física.” (p. 60/61)

Bibliografia de Apoio
MATURANA, R. Humberto. Ontologia da realidade. Organizadores Cristina Magro, Miriam Graciano e Nelson Vaz. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997.