Aplicações para PJe são premiadas pelo CNJ


PorLahis Kurtz- Postado em 11 julho 2016

A Maratona PJe, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça no início deste ano - que comentei aqui com entusiasmo - chegou ao fim em março.

A proposta é interessantíssima. Movimentar as equipes de TI do próprio Judiciário para inovarem no software fomentado pelo CNJ, o PJe, para torná-lo melhor. Entre os quinze projetos classificados, algo havia chamado a atenção: muitos deles voltados a comunicação de atos processuais (o desespero nisso é tão grande que o novo oficial de justiça se chama Whatsapp - leia mais aqui) ou uso do PJe em tecnologias móveis (ou "mobile", como está na moda), bem como aplicações para gestão processual.

 

 

Já pensou se pudéssemos tentar cortar tempo com burocracia judiciária de forma automatizada, sem ter de contratar soluções externas? As equipes da Maratona PJe não ficaram só imaginando: realmente colocaram tempo e energia em projetos para fazer isso acontecer.

Era uma competição (ainda que não tão acirrada quanto os eventos de startup do meio privado). Poder-se-ia esperar um espírito menos cooperativo e propostas isoladas. Mas ao menos nas equipes de TI dos órgãos judiciais, age-se de forma, digamos, contraintuitiva. Formaram-se parcerias entre os Tribunais (viva as propriedades emergentes da complexidade dos grupos interinstitucionais! Algo a ser apaludido em tempos tão polarizantes), e uma delas ganhou o terceiro lugar.

Eis os vencedores:

1º lugar: PJe Dash - Gestão à Mão (TJPE)

2º lugar: MiniPac (TJDFT) - que já está em testes bem-sucedidos na capital federal

3º lugar: PJe Notifica (TJPB) e PJeMobile (TJRO-TJPB-TJPE)

Os tribunais das equipes vencedoras estão sendo visitados pela quipe de TI do CNJ para tratar da integração das aplicações ao sistema.

Para um pouco mais de informações, clique aqui.

É interessante ver incentivos como esse. Fica a esperança de que um dia saiamos da casuística no desenvolvimento de propostas inovadoras de tecnologias da informação e comunicação e gestão pública no Brasil.

Bacana. Não tinha conhecimento desse prêmio. É fundamental que iniciativas como essas não só se espraiem em workshops, mostras e prêmios mas, principalmente, abra a cabeça dos desembargadores, para trazerem tais iniciativas vencedoras para os portais