Apresentação 5 – A árvore do conhecimento. O Sistema Nervoso e a Cognição; Os Fenômenos Sociais. Maturana e Varela


Pormariana.mezzaroba- Postado em 23 abril 2012

Localização

Florianópolis
Brasil

 

Apresentação 5 – A árvore do conhecimento. O Sistema Nervoso e a Cognição; Os Fenômenos Sociais. Maturana e Varela

 

Capítulo 7: O Sistema Nervoso e a Cognição

Plasticidade

Explica-se pelo fato de os neurônios não estarem interligados como se fossem cabos com suas respectivas tomadas. Os pontos de interações entre as células são delicados equilíbrios dinâmicos, modulados por um sem-número de elementos desencadeadores de mudanças estruturais locais. Estas são produzidas pela atividade dessas mesmas células e de outras cujos produtos viajam pela corrente sanguínea e banham os neurônios, tudo como parte da dinâmica de interações do organismo em seu meio.

CONHECIMENTO

Falamos de conhecimento toda vez que observamos uma conduta efetiva (ou adequada) num contexto assinalado – ou seja, num domínio que definimos como uma pergunta (explícita ou implícita), que formulamos como observadores.

 

Capítulo 8: Os Fenômenos Sociais

O acoplamento de terceira ordem: é possível que tais interações entre organismos adquiram, ao longo de sua ontogenia, um caráter recorrente, estabelecendo assim um acoplamento estrutural que permita a manutenção da individualidade de ambos na prolongada sucessão de suas interações.

A presença do sistema nervoso torna possível uma variedade imensa de acoplamentos, o que produz uma história natural também muito variada. Devemos ter isso em mente para entender a dinâmica social humana como um fenômeno biológico.

Os fenômenos sociais estão associados às unidades de terceira ordem. Toda vez que há um fenômeno social, há um acoplamento estrutural entre indivíduos.

A fuga como fenômeno social entre os cervos

A caça como fenômeno social entre os lobos

Isso pode ser caracterizado como ações "altruístas" que podem ser descritas como  tendo efeitos  benéficos para a coletividade.

Certa época em Londres, novas garrafas de leite começaram a ser usadas. Elas tinham uma cobertura fina o bastante para ser picotada por um pássaro. Poucos dias após a mudança as aves do tipo cotovias aprenderam a picotar a embalagem e alimentar-se da camada superior do creme. Esse tipo de conduta se expandiu entre as aves desse tipo por todas as ilhas britânicas. (ligação com o exemplo citado pelo grupo do Livro O Fantasma da Máquina).

Os vertebrados tem uma tendência essencial a imitação. A imitação, portanto, permite que um certo modo de interação ultrapasse a ontogenia de um indivíduo e se mantenha mais ou menos invariante ao longo de sucessivas gerações.

A existência do vivo na deriva natural, tanto onto como filogenética, não depende da competição, e sim da conservação da adaptação.

Biologicamente, Com o tempo, os animais foram se familiarizando com o contato com o mar e realizando transformações de conduta. Uma delas foi que uma fêmea talentosa, chamada Imo, descobriu um dia que podia lavar as batatas na água, tirando assim a areia que as tornava desagradáveis de comer. Em questão de dias, os outros macacos, especialmente os jovens, já imitavam Imo e lavavam suas batatas.

Chamaremos as configurações comportamentais adquiridas ontogenicamente na dinâmica comunicativa de um meio social, e mantidas estáveis através de gerações, de condutas culturais.

 A imitação e a contínua seleção comportamental intragrupal desempenham aí um papel essencial, pois tornam possível o acoplamento dos jovens com os adultos, especificando uma certa ontogenia que se expressa no fenômeno cultural.

A conduta cultural, portanto, não representa uma forma essencialmente distinta quanto ao mecanismo que a possibilita. Ê um fenômeno que existe como um caso particular de conduta comunicativa.

 

AnexoTamanho
apresentacao_5_-_final.pdf855.05 KB