Bussiness to Government (B2G)


PorAnônimo- Postado em 05 outubro 2010

Os governos podem ser eles próprios proprietários de bolsas ou portais de compra, e quando isto acontece chamados de B2G (“business to government”). Tal como ocorre na iniciativa privada, a Internet se tornou um instrumento poderoso para melhorar a qualidade das compras no setor público. Os sistemas de compra baseados na Internet permitem combinar compras descentralizadas com um espaço centralizado de mercado, ao transformar sites e portais de compras em marketplaces virtuais. Há também ganhos de eficiência adicionais com a padronização de contratos, documentos e produtos.
Estes sistemas têm várias vantagens do ponto de vista da gestão das compras: facilitam a constituição de históricos de formação de preços para cada produto; possibilitam uma gama de informações pós-negociação extremamente úteis em termos de logística; permitem a pré-qualificação dos fornecedores e aumentam a neutralidade dos processos de compras. Outra vantagem destes portais governamentais de compras é a possibilidade de atrair maior número de pequenas e médias empresas como fornecedores, que por razões de custo talvez não tivessem acesso às formas tradicionais de negociação.
Mas a grande vantagem é, sem dúvida, a expressiva redução de custos que estes sistemas permitem. De fato, muitos países já estão usando o enorme poder de compra do Estado para reduzir custos da administração pública, por meio de mecanismos eletrônicos. Para se ter uma idéia dos mercados potenciais, vale lembrar que as compras de bens, serviços e obras (excluindo gastos com defesa) realizadas pelos governos representam, segundo dados da OMC, entre 10 e 15% do PIB.
No Brasil, no nível federal, as compras governamentais alcançaram, em 2000, R$ 11,5 bilhões. Estima-se que as compras por meio de leilões reversos possam atingir cerca de 40% das compras por meio de licitações competitivas, ou 18% do total das despesas licitadas, equivalentes a R$ 2,06 bilhões/ano. As economias diretas esperadas são de pelo menos 15% das despesas, ou R$ 300 milhões/ano só para o governo federal.
Não é de surpreender o fato de que muitos países e mesmo governos subnacionais estejam investindo pesadamente no desenvolvimento de portais de compras eletrônicas. Isto acontece não apenas em países como os Estados Unidos, onde muitas administrações estaduais têm seus portais de compra, mas também em países emergentes. No caso dos países emergentes, um dos exemplos mais citados na literatura disponível é o do México, que desenvolveu o portal Compranet (http://www.compranet.gob.mx/), que serviu de inspiração para a solução adotada para a nova versão do portal brasileiro equivalente, o Comprasnet (http://www.comprasnet.gov.br/). O portal mexicano tem convênios de cooperação com a Argentina e Costa Rica, prestando assessoria aos governos do Equador e Honduras. Além disso, o Banco Mundial fez um convênio para testar o sistema e está usando o site como modelo para replicação em outros países e em licitações internacionais de projetos que financia.
Além das vantagens indiscutíveis em termos de economia de escala e redução de custos, o uso de mecanismos eletrônicos possibilita também maior transparência às transações realizadas pelo setor público. Normalmente, antes de cada leilão, fornecedores (ou eventuais compradores, no caso de leilões de venda) são providos com o mesmo tipo de informação, por meio da Internet, ou seja, há muito menos risco que uma firma se beneficie de informações privilegiadas. Os fornecedores, durante os leilões propriamente ditos, têm o benefício de conhecer os lances feitos por outros fornecedores (embora na maior parte dos casos, a identidade deles não seja revelada até que o negócio se feche). Informações gerenciais e histórico de transações também costumam ser públicos, facilmente acessíveis e podem servir para estabelecer estratégias comerciais futuras.
A grande vantagem em termos de transparência é sem dúvida a possibilidade oferecida à sociedade como um todo de acompanhar o processo de compra do governo, em todas as suas etapas e, inclusive, poder verificar a sua legalidade, já que tudo é registrado em atas virtuais.

FONTE:http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/informesf/inf_35.pdf

Como podemos ver a notícia acima, muitos governos já se utilizam da internet para fazer compras eletrônicas, que permitem a redução de custos, maior transparência e gera um melhor gerenciamento das informações, a partir do momento que estabelece estratégias para as aquisições de setores da administração pública, como nos setores da saúde, tecnologia da informação, educação... A Internet também tem sido usada na venda de imóveis e títulos públicos, assim como em políticas de fomento voltadas para pequenas e médias empresas. Pessoas físicas já fazem compras pela internet, superando muitas das dificuldades encontradas, como barreiras geográficas, mercado consumidor, o que vem a facilitar também para os governos e suas necessidades.
Governos são grandes compradores, mas até agora era difícil usar este enorme poder para comprar mais barato e melhor.a transparência criada por este processo pode acabar com o excesso de burocracia e brechas para corrupção; descentralização sem estratégia; aquisições percebidas como simples processos de compra e não como uma política unificada; mecanismos judiciais e de controle deficientes são alguns dos problemas comuns das aquisições do setor público em muitos países.
Não há como não retornarmos a aquela velha discussão a respeito das inovações tecnológicas, desenvolvimento e importância da internet etc. atualmente, até processos jurídicos já estão sendo publicados em sites do governo, e sites de tribunais. Há aqueles que acreditem que esse tipo de relação, ou troca de informações não deva acontecer, no entanto, o objetivo final desse programa é interessante demais, e só tende a melhorar todos os ramos e setores nele envolvidos com o passar do tempo, e seu aperfeiçoamento.
Não podemos continuar com a cabeça fechada, pensando que ainda existem coisas que só podemos fazer pessoalmente, ou que nesse ramo a internet não substituirá o papel. Não é mais um simples capricho essa nossa grande interação com a internet, hoje já se pode dizer que é uma necessidade.