COLONIALIDADE O lado mais escuro da modernidade


PorRoger Lamin- Postado em 30 novembro 2017

Autores: 
Walter D. Mignolo
Tradução de Marco Oliveira

RESUMO

   Fiquei intrigado, alguns anos atrás (por volta de 1991), quando vi na estante de “novidades” em uma livraria de Ann Arbor (Estados Unidos) o título do livro mais recente de Stephen Toulmin: Cosmopolis: the hidden agenda of modernity (1990). Fui tomar um café no outro lado da rua e devorei o livro junto com o café. O que seria a pauta oculta da modernidade? – era a questão intrigante. Logo depois estive em Bogotá e achei outro livro recém-publicado: Los conquistados: 1492 y la población indígena de las Américas, editado por Heraclio Bonilla (1992). O último capítulo desse livro chamou a minha atenção. Era de Anibal Quijano, de quem eu já tinha ouvido falar, mas que não me era familiar. O ensaio, também posteriormente pu
blicado no Cultural Studies, intitulou-se “Coloniality and modernity/rationality” (Quijano, 2007). Peguei o livro, fui tomar outro café e devorei o ensaio, cuja leitura foi uma espécie de epifania. Na época, eu estava terminando meu livro The darker side of the Renaissance (1995), mas não incorporei nele o ensaio de Quijano. Havia muito a se pensar, e meu manuscrito já estava amarrado. Assim que o entreguei à editora, me concentrei na “colonialidade”, que se tornou um conceito central em Local histories/global designs: coloniality, subaltern knowledge and border thinking (2000) (Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar [Mignolo, 2003]). Para Toulmin, a pauta oculta da modernidade era o rio humanístico correndo por trás da razão instrumental. Para mim, a pauta oculta (e o lado mais escuro) da modernidade era a colonialidade. O que segue é uma recapitulação do trabalho que tenho feito desde então, em colaboração com membros do coletivo modernidade/colonialidade.

PALAVRAS-CHAVES: MODERNIDADE, DIREITO, ERROS

AnexoTamanho
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