Diário do Administrador - Alexandre Hermida


Porachermida- Postado em 08 dezembro 2012

 

O DIÁRIO DO ADMINISTRADOR

(exercício proposto usando o livro "Teoria Geral da Administração Pública"  de autoria de Robert Denhardt)

 

SEÇÃO I – EXPERIÊNCIA EXTERIOR

Esse tem sido um ano repleto de mudanças para mim, desde mudança de estado até mudanças profissionais profundas. A principal mudança no sentido profissional veio quando passei em um concurso público no início do ano, e cujo chamado saiu em julho. Outra mudança, essa pessoal, foi ter (re)começado o mestrado fazendo a disciplina de Governo Eletrônico, justamente pensando em me aproveitar dos conhecimentos que poderiam ser passados para a minha 'nova' vida profissional. Alguns conceitos muito interessantes foram colocados em pauta, e entre eles um me chamou muito a atenção, dados abertos. Pensei logo em como seria legal disponibilizar alguns dos dados do órgão onde trabalho de forma a ficar mais transparente o andamento dos pedidos feitos pelos cidadãos, e logo fui atrás de como poderia implementar isso. Infelizmente, só recebi negativas até o momento, pelo menos em relação ao que eu julgo ser o mais importante e interessante para se disponibilizar, inclusive para o próprio órgão ter uma visão melhor do seu andamento.

SEÇÃO II – REFLEXÕES E GENERALIZAÇÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA EXTERIOR

Encontrei muitas pessoas realmente engajadas no que fazem, principalmente na área de TI, onde trabalho, porém alguns dos meus receios com relação ao funcionalismo público realmente são válidos, e um desses receios que era justamente o de não ter possibilidade de fazer melhor está se mostrando consistente. No funcionalismo público as decisões são muito pautadas em segurança jurídica, e justamente pela insegurança jurídica de expor dados que depois podem de alguma forma comprometer o órgão recebi negativas. Entendo que o governo deve seguir o caminho da cautela, mas isso, juntamente com alguns funcionários que ainda colocam seus anseios pessoais à frente dos comunitários, infelizmente trázem consequências bastante insatisfatórias tanto para os cidadãos quanto para os funcionários que, como eu, têm vontade de fazer mais e melhor. 

 

 

SEÇÃO III – EXPERIÊNCIA INTERIOR

Tenho uma filha pequena, e penso sempre em deixar para ela uma cidade, estado e país do qual possa se orgulhar, onde o cidadão seja tratado melhor, com mais respeito e agilidade. Tenho passado momentos difíceis esses dias, porque não consigo vislumbrar que eu possa ser vetor de alguma mudança no local onde trabalho, imagina pensando de forma mais ampla. 

 

SEÇÃO IV - REFLEXÕES E GENERALIZAÇÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA INTERIOR

Acho que muito se deve ao meu caminho de muitos anos trilhado na iniciativa privada onde há agilidade para fazer as coisas acontecerem, onde as idéias podem ser ouvidas e usadas ou descartadas com rapidez. Pensando bem, acho que se deve também à idéia um tanto inocente de que possa deixar alguma 'marca' em tão curto prazo, ainda mais em tão baixo nível na hierarquia administrativa. Conduzir mudanças na iniciativa pública são possíveis, mas me parece que precisarei de paciência e tato para chegar a algum lugar.