eGov, financiamento de campanhas políticas e lobbies

A obra “Gestação do Futuro”, de Rubem Alves, escrita no início da década de 70 quando o autor morava nos Estados Unidos, já apontava para a criação de uma sociedade influenciada pelo interesse das grandes corporações. Comparando com trechos das obras “1984” e “Admirável Mundo Novo”, de Orwell e Huxley respectivamente, o autor sinalizava um rumo difícil para um mundo que só queria consumir e crescer cada vez mais, sem perceber que com isso criava riscos à sua própria existência. Essa “consciência consumista” destacada por Rubem Alves era essencial para a preservação de um modelo que interessava às grandes indústrias, em que se julgava o homem pela sua capacidade de consumir o que essas empresas produziam.

Algumas décadas se passaram, os métodos mudaram, mas alguns interesses continuam os mesmos de 40 anos atrás. No vídeo abaixo, o advogado e professor da Universidade de Harvard, Lawrence Lessig, autor de obras como “O Futuro das Idéias” e “Cultura Livre”, apresenta um problema que deveria ser resolvido antes de qualquer outro: a questão dos financiamentos de campanhas políticas por grandes corporações e o “vício” que essa prática representa para os congressistas americanos; mais do que isso, os reflexos que essas grandes “doações” causam na sociedade americana (e também no mundo, como se vê nos exemplos inicialmente apresentados), que acaba refém dos megafinanciadores de campanhas políticas e de seus interesses.

(o vídeo pode ser visto também em : http://lessig.blip.tv/file/3945764/)