Em público, é preciso se unir”: conflitos, demandas e estratégias políticas entre religiosos de matriz afrobrasileira na cidade do Rio de Janeiro


PorRoger Lamin- Postado em 13 agosto 2018

Autores: 
Ana Paula Mendes de Miranda
Roberta Machado Boniolo
RESUMO
 
Nosso objetivo neste artigo é problematizar, a partir de distintas experiências
etnográficas, como se dá o processo de construção de discursos relacionados à reivindicação
de direitos, envolvendo grupos cuja socialização política é distinta daquelas
observadas entre grupos considerados mais “engajados” dos movimentos negros, mas
cujas ações também produzem resultados na constituição de um campo político que
inclui a dimensão religiosa. O propósito é produzir uma reflexão acerca dos distintos
e múltiplos modos de fazer e pensar a política, tomando como objeto a invenção de
uma tecnologia de governo, deveras introjetada na vida social e nas práticas profissionais,
que são as reuniões, e suas derivações, aqui associadas a eventos públicos. Ao
tratá-las como mecanismos de governo é possível analisar como os discursos acerca
da cidadania são apresentados por seus representantes oficiais (policiais, políticos,
professores, funcionários públicos, etc.) e apreendidos pelos religiosos de matriz afro
-brasileira em dois contextos distintos, que podem ser pensados como equivalentes.
 
PALAVRAS-CHAVES: PÚBLICO, DIREITO, INFORMÁTICA