Estudos de Ética

No livro Teoria Geral de Administração Pública, Robert B. Denhardt trata os Estudos de Ética no capítulo 6. Segundo o autor, os estudos sobre ética no campo de administração pública seguiram duas abordagens:

• A primeira levou os estudantes aos tratados filosóficos sobre ética e depois buscou aplicações para os problemas do setor público. Os estudantes muitas vezes rejeitam esta abordagem, considerando obscura e sem relevância para os problemas públicos;
• A segunda abordagem é apresentada por John Rohr em vários trabalhos (1978, 1986, 1998), buscando orientação na constituição, ou seja, nas interpretações que a Suprema Corte faz da Constituição (EUA);

Vários autores são citados, como: Terry Cooper (1990) que discute quatro níveis de reflexão e deliberação sobre questões éticas, onde estão questões de conduta responsável e autonomia individual. John Burke (1986) busca maneiras de tornar burocracias (e os burocratas) responsáveis à sociedade à qual servem. Katryn G. Denhardt (1988) enfatiza o papel da reflexão e do diálogo na tomada de decisões éticas. Patrick Dobel (1990) sugere a idéia da integridade pessoal, sugere ainda 7 compromissos:

1. Dar satisfação às autoridades e públicos relevantes;
2. Lidar com os valores públicos do regime;
3. Respeitar e construir instituições e procedimentos para atingir objetivos;
4. Garantir a participação justa e adequada dos stakeholders;
5. Perseguir desempenho competente na execução de políticas e programas;
6. Trabalhar em prol da eficiência na operação do governo;
7. Associar as políticas e os programas ao autointeresse do público e dos participantes;

Nos estudos percebe-se a busca por formas de garantir que os profissionais no governo, inclusive os administradores profissionais, mantenham senso de responsabilidade democrática, garantindo a vontade do povo.

Por: Débora Cabral Nazário

Fonte utilizada:
Denhardt, Robert B. Teoria Geral de Administração Pública.