A Lei da Atração no universo jurídico


PorJeison- Postado em 24 setembro 2012

Autores: 
KRIEGER, Mauricio Antonacci.

 

Introdução

            A lei da atração pode ser considerada a maior lei de todo universo, pois, ao contrário das demais legislações, se aplica a todas as pessoas do mundo, sejam elas do Brasil, dos Estados Unidos, da África ou de qualquer outro lugar.

            O objetivo do presente artigo é demonstrar como poderíamos descrever essa lei universal em um cenário jurídico. Como sabemos, cada lei tem seus dispositivos próprios, suas regras, que devem ser obedecidas sob pena de eventual sanção, multa, indenização, etc.

            Será feito neste trabalho uma relação do direito como um todo; uma alusão a esta lei que rege todo o universo e que faz o destino das pessoas.

A Lei da Atração e o Direito

            Em termos jurídicos podemos definir “lei” da seguinte forma: “Regra jurídica escrita, preceito obrigatório de conduta, instituído pelo legislador, no cumprimento de um mandato que lhe foi outorgado pelo povo”.[1]

            Percebe-se, no entanto, que a Lei da Atração não se enquadra totalmente nessa definição retirada de um dicionário jurídico. Como visto, é o legislador que tem a função de elaborar as leis, pelo menos no Brasil, e as leis devem ser cumpridas pelo povo, sob pena de alguma sanção.

            Qualquer sociedade com um mínimo de civilização deve ter regras que devem ser cumpridas por todos, visto que, se cada um fizesse o que achasse melhor, com certeza estaríamos diante do caos, da insegurança e de inúmeros conflitos com resultados catastróficos.

            No que tange à Lei da Atração, podemos observar que não se trata, obviamente, de uma lei criada pelo homem, e sim uma lei criada pelo universo ou, conforme alguns, por Deus! Mas afinal, o que é a Lei da Atração? Seria uma lei com consequências diretas na vida das pessoas? Seria uma lei simplesmente sem fundamento? O fato é que essa lei foi criada muito antes de qualquer outra, na verdade, desde o início da humanidade; só que ela vem sendo tratada de forma mais detalhada e sendo mais debatida nos últimos anos, após a divulgação do Livro “The Secret, o Segredo”[2], que também resultou em filme.

            A resposta para o que venha a ser a Lei da Atração pode ser facilmente compreendida na lição de Michael J. Losier: “Atraio para a minha vida qualquer coisa à qual dedico atenção, energia e concentração, seja em termos positivos ou negativos”.[3]

            A obra “Sabedoria de homens realizados”[4] também traz alguns pensamentos relacionados ao tema da presente pesquisa. São ideias de pessoas que obtiveram um grande sucesso em suas vidas. Richard Bach, por exemplo, criou a seguinte frase: “Valorize suas limitações, e, por certo, não se livrará delas”. O que o autor quer dizer com esse pensamento é que o sentimento que a pessoa está sentindo será enviado ao universo, e este responderá da mesma forma, ou seja, se determinada pessoa tem medo de alguma coisa, ou se sente limitada para fazer algo, esse medo irá crescer dentro dela e jamais conseguirá se livrar de suas limitações, salvo se começar a pensar que é possível conseguir seus objetivos.

            Nessa mesma linha de raciocínio, Henry Ford, que foi o criador da Ford Motor Company mencionou que “se você pensa que pode ou se você pensa que não pode, de qualquer modo você tem toda razão.”[4] E ainda, podemos citar os pensamentos de Mahatma Gandhi: “O que pensais, passais a ser” e “Para aquele que está em grau de controlar o próprio pensamento, todo o resto se torna simples jogo de crianças.”[4] Resumindo estes pensamentos extraordinários de pessoas totalmente realizadas, podemos constatar que o pensamento está diretamente relacionado com a lei da atração, em outras palavras, tudo o que se pensa tem uma frequência que está ligada ao universo, nossos medos, nossas angústias, alegrias, sonhos e desejos, tudo emite um sinal positivo ou negativo para o universo, e este devolverá para nós exatamente aquilo que estamos “pedindo”.

            Outro fato recorrente, que muitas pessoas se questionam, é porque seu time de futebol, ou seu atleta favorito nunca vencem em seus esportes, mesmo com os torcedores desejando isso e acreditando que irá acontecer. Ora, a resposta é muito simples, ninguém pode desejar algo para outra pessoa ou grupo de pessoas, e sim quem tem que atrair seus objetivos através da Lei da Atração são os atletas, as pessoas que estão vivenciando aquele momento. A torcida nos estádios de futebol, nas quadras de vôlei ou basquete podem sim, passar energia positiva para seus times, mas isso tem que ser sentido pelos jogadores, eles que vão saber se a energia foi suficiente para motivar e fazer com que eles acreditem na vitória.

            Já em se tratando de relacionamentos amorosos, qualquer pessoa pode ter o relacionamento ideal, basta querer e acreditar que irá conseguir. Mas todos nós conhecemos pessoas que estão amarguradas e se queixando de não terem conseguido aquela pessoa que sempre sonharam, por exemplo, Caio queria casar com Ticia, e, no entanto, não conseguiu, mesmo desejando e acreditando que iria conquistá-la. Caio fez todos os passos da Lei da Atração de forma correta, mas mesmo assim Ticia não aceitou se casar com ele. Ora, Caio pode sim ter o relacionamento ideal, com certeza agindo dessa maneira ele irá atrair para si uma mulher do jeito que ele gosta, com as mesmas características da Ticia, com uma aparência semelhante, etc. Acontece que a Ticia não quer pra ela alguém com as características do Caio, ela não desejou isso. Conclui-se então, que o relacionamento ideal é possível, no entanto não se pode controlar o pensamento de outras pessoas. O que vai acontecer é que Caio terá um relacionamento perfeito, desde que deseje e acredite nisso, e Ticia também, mas não necessariamente os dois ficarão juntos.

            Importante salientar que a Lei da Atração faz parte de todos seres vivos do mundo, não apenas na vida dos seres humanos, ocorre que, as pessoas têm a capacidade de discernir os pensamentos, o que é uma grande vantagem, visto que podemos escolher nossos pensamentos, já que sabemos como funciona a lei.[2] No direito sabe-se que toda lei está registrada no papel, ou seja, quando uma lei é criada, ao mesmo tempo, criam-se os seus dispositivos, criam-se os seus artigos, que reunidos são chamados de legislação. O direito varia de um país para outro, como por exemplo, em alguns Estados dos Estados Unidos da América a legislação penal admite a pena de morte, já no Brasil essa possibilidade é vedada pela Constituição Federal de 1988, salvo uma exceção referida no artigo 5º, XLVII: “não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;”.[5] Ora, com isso parece pertinente criar um “Código” que reúna todas as normas da Lei da Atração e demonstrar isso em formato de “lei” onde todos possam ler e saber o que exatamente constitui essa lei universal. É uma tarefa árdua, sem dúvidas, e passível de críticas, afinal muitos podem discordar, outros talvez queiram acrescentar suas experiências de vida. Mas tentaremos passar para o papel aquilo que condiz com a verdade, nada mais do que isso.

            Assim podemos resumir a Lei da Atração da seguinte forma:

Lei N.1 Criada no Início da Humanidade.

Art. 1º: A lei da atração se aplica a todas as pessoas, independentemente da sua origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outra forma de distinção.

Art. 2º: A lei da atração se aplica a todas as pessoas, mesmo para aqueles que não acreditam na mesma.

Art. 3º: Aquele que tiver pensamentos positivos irá atrair para si o mesmo tipo de frequência, ao passo que quem tiver com pensamentos negativos receberá do universo a mesma carga negativa.

Art. 4º: Se uma pessoa desejar algo de ruim para outrem, irá receber do universo exatamente aquilo que desejou para a outra pessoa.

Parágrafo único: Não ocorrerá absolutamente nada em relação à pessoa da qual foi desejado algo ruim.

Art. 5º: Acontecerá exatamente a mesma coisa do artigo anterior em caso de desejos positivos em relação a outrem.

Art. 6º: Quanto mais ódio uma pessoa sentir de alguma coisa ou de alguma pessoa, mais receberá do universo esse sentimento, o mesmo se aplicando para sentimentos de amor, alegria, compaixão, dentre outros.

Art. 7º: Aquele que desejar algo, seja bom ou ruim, e no fundo não acreditar que irá receber, seu desejo de fato não se concretizará. 

Art. 8º: Não existe coincidência, existe apenas energia e a esta pertence a todas as pessoas, estando concentrada em seus pensamentos.

Art 9º: Essa lei possui um rol de artigos meramente exemplificativos, podendo ser criados outros tanto, desde que respeitem a lei do universo.

Art 10º: Essa lei entrou em vigor desde o primeiro dia em que algum ser vivo teve um pensamento, sendo ele positivo ou negativo, consciente ou inconscientemente.

Considerações Finais

            Toda lei criada pelo homem pode ser interpretada pelos operadores do direito, como advogados, juízes, promotores, etc. Assim, qualquer legislação, seja ela, a Lei Maior como a Constituição Federal de 1988 no caso do Brasil, seja o Código Civil, ou qualquer lei trabalhista, sempre terá brechas para interpretação diversa, pois isso faz parte da ciência do direito, como pode ser obversado em manuais jurídicos que sempre são encontradas duas ou até mais correntes de posicionamentos para interpretar determinados dispositivos.

            Ocorre que, quando o assunto é a Lei da Atração, só existe uma interpretação, visto que essa lei não foi criada pelo homem, e sim é uma lei universal criada por um ser superior e que mesmo aqueles que não acreditam jamais conseguirão provar teses contrárias àquelas estabelecidas por Deus. A Lei da Atração não apresenta falhas, nem lacunas, tudo ocorre em perfeita harmonia, pode-se dizer que é uma lei matemática.

Referências

COSTA, Wagner Veneziani; AQUAROLI, Marcelo. Dicionário jurídico. São Paulo: Madras, 2005. p.207.

BYRNE, Rhonda. The Secret - O Segredo. Traduzido por: Marcos José da Cunha, Alexandre Martins, Alice Xavier. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007. p.20.

LOSIER, Michael J. A Lei da Atração: o Segredo colocado em prática. Traduzido por: Janaína Senna. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p.25.

MOREIRA NETO, Raul. Sabedoria de homens realizados. Porto Alegre: Alcance, 2002. pp.15; 26-28;48.

ABREU FILHO, Nylson Paim de. Constituição Federal, Código Civil e Código de Processo Civil. 8.ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007.

 

Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.39466&seo=1