Livro A mente Corpórea - Ligando os Símbolos a Emergência


Poredson- Postado em 06 maio 2011

Livro A mente Corpórea - Parte III – Variedades de Emergência - Capítulo V – Propriedades Emergentes e Conexionismo

Ligando os Símbolos a Emergência

Estudos recentes apresentam que as propriedades emergentes são fundamentais para o entendimento do próprio cérebro. Havia, segundo o autor, entendimento de que as propriedades distribuídas globais eram um eldorado difícil de alcançar pela neurociência. Estas dificuldades eram encontradas tanto conceitualmente como tecnicamente. Tecnicamente em decorrência da dificuldade de determinar como um imenso número de neurônios dispostos no cérebro executam funções simultaneamente. Conceitualmente devido ao fato dos neurocientistas (anos 60 e 70) procurarem entender o cérebro por lentes cognitivistas.

A visão é centrada no processamento de informação (como um computado de Van Neumann). A metáfora do processamento de informações é de uso limitado. O cérebro é um sistema altamente cooperativo. Mesmo quando é analisado apenas um sentido, por exemplo, a visão, se percebe sua cooperação. Embora a ligação entre o nervo óptico e o córtex visual seja direta por meio do Núcleo Lateral Geniculado (LGN), este apresenta outras ligações com outros locais do cérebro fazendo com que ocorram interconexões das regiões. Desta forma, há emergência de um estado global entre conjuntos neurais ressonantes. Partindo deste entendimento, Stephen Grossberg, analisa detalhadamente as redes neurais ressonantes adaptativas. Do esqueleto de uma destas análises surge a Teoria da Ressonância Adaptativa (ART);

No livro o autor apresenta a interação por meio da teoria mostrando a interligação das entradas e saídas com a memória de curta duração (STM), memória de longa duração (LTM) e a modulação dos processos pela ART em estágios denominados de F1 e F2.

 

Seguindo a discussão do livro o autor refaz algumas perguntas dentro da visão conexionista.

Assim se percebe que na visão conexionista a cognição é a emergência de estados globais numa rede de componentes simples. Ela funciona por meio de regras locais para operações individuais e regras para alterações na conexidade entre os elementos.

Ele afirma que se sabe quando está funcionando adequadamente quando as propriedades emergentes puderem ser vistas como correspondendo a uma capacidade cognitiva especifica – uma solução de sucesso para determinada tarefa. Nesta abordagem os símbolos não desempenham qualquer papel.