A necessidade e a convivência: o conceito de estado em Espinosa


PoreGov- Postado em 03 março 2011

Autores: 
RODRIGUES, Dael Luís Prestes

Proceder na análise acerca do conceito de Estado no pensamento político de Baruch de
Espinosa1 significa adentrar nos meandros de uma filosofia que deve ser compreendida na sua
gênese. Envolve o entendimento dos pressupostos que lhe dão suporte, para daí
prosseguirmos no dissecamento a que nos propomos: a visão que o pensador desenvolveu
sobre o embate político que antecede, produz e institucionaliza o denominado ente Estado.
Acreditamos ser crucial esta introdução, eis que o arcabouço que permeia o sistema político
espinosano tem início e justificação na sua visão metafísica de mundo, na sua ontologia.
Também devemos destacar a sua psicologia, que teoriza acerca das paixões humanas bem
como sobre o uso da razão em outros momentos. Destacamos, ainda, a necessidade de serem
tecidas regras de convivência numa realidade que se configura necessária, encadeada e
profundamente explicável. Aliás, é sobremaneira interessante destacar que essa racionalidade
que permeia a visão política que produziu Espinosa conduz ao estabelecimento de um
pensamento que segue definitivamente também um encadeamento rigoroso e causal ? quando
se dispõe a compreender os fundamentos do Estado.

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