Notícia - Crimes de Informática


PorDaniel0783- Postado em 24 junho 2011

Hacker invade provedor e causa prejuízo

Empresa de Sorocaba já teve 65 sites invadidos em cinco dias; vilão virtual também atacou Força Aérea, Ipem e Botafogo

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Agência BOM DIA

 

Um crime virtual e um prejuízo real e sem tamanho. Um hacker com log (nome) já identificado, invadiu pelo menos 65 sites da provedora Criative, de Sorocaba.

 

Segundo o proprietário da empresa, Jefferson Dias Rosa, há quatro dias ele percebeu que alguns sites dos seus mais de 650 clientes, estavam fora do ar. “Recebi ligações informando do acontecido. Em um primeiro momento tentamos corrigir o problema, mas no dia seguinte o hacker retirava o site do ar novamente.”

 

Nesta sexta, após tentar recuperar 68 domínios, o proprietário da empresa resolveu formatar todo o servidor. “Durante 24h terei que refazer todo o serviço e, para isso, gastarei no mínimo R$ 20 mil, fora o custo operacional que triplicou, já que preciso manter meus funcionários de TI [Tecnologia de Informação] trabalhando em hora extra”, diz.

 

Ele espera normalizar o serviço e protegê-lo contra novas investidas a partir das 0h de sábado.

 

O empresário também precisou acionar uma empresa de São Paulo para auxiliar nos reparos. “Isso que ainda usamos estes serviços através de servidores dedicados que utilizam sistemas de proteção de altíssima qualidade além da tecnologia verde”, finaliza.

 

 

Outros sites

De acordo com Jefferson Dias, o log de hacker que ele tem registrado das invasões, é o mesmo que teria invadido, dias atrás, os domínios virtuais da Força Aérea Brasileira e do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas). “O hacker também já atacou o site do Botafogo [clube do Rio de Janeiro]”, conta.

 

GAS combaterá o crime virtual

Um dos principais problemas enfrentados nesta quinta por Jefferson foi achar um órgão competente que pudesse solucionar a atitude fraudulenta. “Entrei em contato com a Polícia Federal e com a Delegacia de Crimes Cibernéticos de SP, mas não arranjaram uma saída plausível para a minha situação”, lamenta.

 

No momento, o empresário apenas registrou o Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima de seu escritório. “O processo investigativo no Brasil é lento, ainda mais quando os crimes são virtuais”, ressalta.

 

O caso de invasão sofrida por Jefferson poderá ter solução em breve, já que o delegado titular do GAS (Grupo Anti-Sequestro) de Sorocaba, Wilson Negrão, prevê o início do trabalho de investigação sobre crimes virtuais para daqui um mês e meio. “Não adianta querermos trabalhar sem que toda a nossa estrutura esteja pronta para agir em situações como essa”, explica.

 

 

Conforme notícia publica no site http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Economia/14027/Hacker+invade+provedor+e+causa+prejuizo, um hacker conseguiu invadir mais de 65 sites da provedora Criative, de Sorocaba. Ainda que o sistema de segurança da informação fossem de altíssima qualidade.

O dono da empresa reclama que terá que gastar mais de R$20 mil para refazer todo o serviço. Sem contar os gastos com hora-extra.

O hacker invadiu inclusive sites públicos, como o da Força Aérea Brasileira e do Instituto de Pesos e Medidas.

Além do prejuízo financeiro, o empresário relatou a dificuldade de encontrar um órgão público que fosse capaz de solucionar a atitude fraudulenta. Inclusive a delegacia de crimes cibernéticos não foi capaz de dar uma saída para o caso.

Já o delegado responsável pela delegacia do grupo anti-sequestro previu o início de investigação de crimes virtuais, mas que para tanto é preciso ter toda a estrtura antes.

 

A notícia ainda que curta permite refletir sobre vários aspectos. Chama a atenção o fato do sistema ser sofisticado mas ainda ser falível.

Isso causa preocupação, pois ou o sistema ainda não foi bem desenvolvido ou as pessoas que a ele tem acesso, o manipula de forma maliciosa. Ainda há a possibilidade de ambos, onde pessoas que trabalhem para essas empresas só conseguem abrir brechas no sistema porque fora mal desenvolvido, sem o devido zelo.

Outro fator relevante é a motivação do hacker. Aparentemente, o único intuito era tirar do ar, mostrando sua força sobre o sistema, enfim, pura questão de ego. Algo difícil de se combater é a ausência de ética daquele que detém conhecimento tão poderoso.

Por isso, todo o sistema jurídico deve pensar ao buscar medidas de correição o potencial de dano à sociedade que estes indivíduos possuem. A tendência é por se concluir, mesmo que o sistema penal não seja remédio de tudo, que condutas desse tipo merecem respostas severas.

Saber que sites públicos não possuem um sistema de segurança próprio também é alarmante. Todos os sites do Poder Público deveriam estar vinculados a uma mesma central, para serem o mais seguro possível, é uma questão inclusive de credibilidade. Permitir que um site do Poder Público seja atacado, faz todo o sistema ser colocado em xeque.

Por fim, lamenta-se que o Estado ainda não esteja aparelhado, em 2011, ao combate efetivo desse tipo de conduta. O que leva a conclusão que há muito trabalho a ser feito, do ponto de vista dos envolvidos com a tecnologia, do aparelhamento do Estado, incluindo pessoas capazes, e do aprimoramento da legislação.