Notícia - Foco no cidadão


Porleticiapoggi- Postado em 28 abril 2013

 

http://www1.serpro.gov.br/publicacoes/tema/166/materia05.htm

A notícia em questão levanta o fato de que o governo eletrônico conta agora com um grupo de Trabalho que busca traçar uma política unificada de tratamento da informação no governo federal. Isto porque, os cidadãos teriam algumas dificuldades em localizar a informação que buscam nos sites por não saberem qual órgão público é responsável por determinado serviço.

            Os sites do governo brasileiro já trazem um grande leque de serviços a serem prestados, entretanto, estes sites não seguem um padrão e há uma grande diferença na qualidade e na variedade dos serviços prestados em comparação com estados e secretarias. Para agravar ainda mais essa situação, a notícia traz o conceito de e-burocracia. Esta seria a transposição da burocracia encontrada nos papéis para o nível da Internet.

            Diante desse contexto, o cidadão que busca a informação e o conhecimento na Internet acaba encontrando diversas barreiras, e todo aquele tempo que antigamente era perdido nas filas de repartição acaba sendo perdido em frente ao computador. Acredito que esta e-burocracia pode vir a ser mais maléfica que a antiga, visto que, antigamente esse tempo perdido era numa espera e se tinha a certeza de seu atendimento, já na rede, muitas vezes as pessoas ficam perdidas e ao não encontrar a informação de maneira simples, clara e objetiva, ela não consegue sanar todas as suas dúvidas e tem de recorrer ao método antigo e ir diretamente aos órgãos públicos. Sendo assim, sem conseguir utilizar os portais com êxito, se perde tempo duas vezes: no computador e nas repartições.

            Para solucionar essa e-burocracia, seria preciso investir na linguagem objetiva, clara, sem o uso dos jargões burocráticos e ainda poderia se aproveitar as culturas locais. Vale destacar ainda que a unificação do tratamento da informação vem neste sentido de facilitar o acesso dos cidadãos. A grande maioria não sabe qual ministério ou autarquia é responsável por determinado serviço, e diante disso, não consegue localizar o conteúdo que deseja. Se organizado de forma diferenciada, por exemplo, por temas, eliminaria essa burocracia e permitiria maior facilidade na obtenção das informações buscadas.

            A notícia ainda volta a tocar na parte da diferença e abrangência de determinados órgãos públicos na rede. Por exemplo, enquanto algumas secretarias educacionais oferecem a inscrições de vagas através da rede, a secretaria de saúde não disponibiliza, desta mesma forma, o agendamento de consultas.

            Acredito que estes déficits no funcionamento e na amplitude do governo eletrônico brasileiro devem ser superados aos poucos, com investimento tanto na parte tecnológica como na cultural. Acredito ainda que pior do que a não prestação de determinado serviço online é a e-burocratização deste, visto que, diante da complicação e da falta de informação, o cidadão que não consegue o que queria tende a não recorrer novamente ao método online, ou pelo menos, a criar uma desconfiança com este. Decorrente dessa desconfiança gerada pelo não cumprimento da promessa de agilidade e facilidade, os portais podem cair no desuso. É lógico que a existências destes não tem sentido se eles não são usados pela maioria da população. Afinal, sem essa aceitação, os portais não cumpririam com seus benefícios à sociedade: agilidade e precisão no acesso às informações, redução de custos com papel e pessoa, redirecionando estes para outras áreas de maior importância, entre outros. E o pior de tudo, não geraria um governo mais transparente, confiável e próximo ao cidadão.