Notícia - IBM planeja construir um cérebro humano artificial

Já é sabido que o ramo chamado de computação cognitiva está em plena evolução. A IBM iniciou no mês de agosto a construção dos primeiros chips cerebrais, o primeiro passo de uma grande jornada. E a empresa anunciou há algumas horas que fará o computador WATSON parecer uma máquina do passado. Se o computador criado pela empresa superou as duas grandes figuras americanas no concurso Jeopardy, a IBM agora trabalha em dois projetos que há alguns anos soariam como ficção científica. A empresa diz que em dois anos estará pronto o supercomputador mais poderoso do mundo, Sequoia, capaz de alcançar 20 petaflops, e que em 10 anos terminará a construção de um cérebro humano artificial, um com o mesmo número de nós capaz de simular os neurônios.

WATSON já havia chocado o mundo este ano e tornou a IBM na segunda empresa mais valiosa do mundo. O sistema de computador de inteligência artificial foi capaz de responder a perguntas em linguagem natural. O projeto, parte do DeepQA, poderia responder a perguntas através de um banco de dados armazenados localmente. Ele foi testado em fevereiro competindo no concurso televisivo Jeopardy, derrotando dois dos principais concorrentes dos EUA.

John Kelly, vice-presidente sênior da IBM, comentava estes dias que o problema de levar o WATSON para outros campos era a infra-estrutura necessária. O WATSON foi levado para uma clínica para testar as suas capacidades de diagnóstico. O problema, aparentemente, foi que encheu metade do quarto e exigiu 85 kilowatts de eletricidade. Para Kelly:

“Os sistemas de computador estão se tornando mais “bio-inspirados”. O problema do WATSON é seu tamanho e volume necessários. Cada cérebro humano opera com 20 watts de eletricidade, uma gama baixa que precisa para trabalhar em uma base constante.”

Por este motivo, a IBM está fazendo parcerias com a DARPA no que eles têm rotulado como o progresso na computação cognitiva, um computador que pode emular ou simular o mesmo número de neurônios no cérebro humano. A empresa também disse que vai trabalhar com muito menos energia do que necessita o WATSON.

O projeto já começou e está previsto para estar pronto em 10 anos. De saída, a um custo de 100 milhões de dólares, este projeto estaria intimamente relacionado a um trabalho comum realizado anteriormente. IBM e DARPA começaram a construir um computador que simulava o mesmo número de neurônios em um gato, embora seus resultados tenham sido criticados como exagerados. No início deste ano também anunciaram que eles haviam conseguido simular 256 neurônios em um transistor capaz de jogar o lendário Pong.

Enfim, a conclusão e êxito de tal projeto será sem dúvida um dos grandes marcos do novo século, uma máquina capaz de emular a nossa mente.

Comentário: Inteligência Artificial pode ser definida como o campo da ciência da computação que busca aperfeiçoar os computadores dotando-os de algumas características peculiares da inteligência humana, como a capacidade de entender a linguagem natural e simular o raciocínio em condições de incerteza. Uma outra definição encontrada também pode ser de que a inteligência artificial é um ramo de pesquisa da ciência da computação que busca, através de símbolos computacionais, construir mecanismos ou dispositivos que simulem a capacidade do ser humano de pensar, resolver problemas, ou seja, de ser inteligente. A inteligência artificial, dentro do contexto ora delimitado - sem prejuízo da definição já apresentada - pode ser entendida também, em uma ótica ainda bastante primária, como "o conjunto de técnicas utilizadas para tentar realizar autômatos adotando comportamentos semelhantes aos do pensamento humano".

Muitos pesquisadores admitem que a Inteligência Artificial falhou em alcançar seus objetivos, e os problemasque impedem seu avanço são tão complexos que as soluções podem demorar. Ironicamente, as aplicações da Inteligência artificial que, antes, eram consideradas as mais difíceis (como programar um computador para jogar xadrex ao nível dos grandes mestres) acabaram sendo produzidas com razoável facilidade, e as aplicações consideradas, a princípio, como mais tranqüilas (como a tradução de Idiomas) têm-se mostrado extremamente complicadas.

A Inteligência Natural perde para a artificial na capacidade de busca e exame de opções, mas é superior em tarefas refinadas e perceptivas, como fazer analogias e criar metáforas. Assim, a combinação das duas gera uma inteligência perto da “ideal”.

No início, os estudos sobre Inteligência Artificial buscavam apenas uma forma de reproduzir a capacidade humana de pensar, mas assim como todas as pesquisas que evoluem, com essa não foi diferente. Percebendo que esse ramo da ciência tinha muito mais a ser descoberto, os pesquisadores e cientistas abraçaram a ideia de fazer com que uma máquina pudesse reproduzir não só a capacidade de um ser humano pensar como também a capacidade de sentir, de ter criatividade, e de ter auto-aperfeiçoamento e uso da linguagem.

O progresso na principal área dessa pesquisa, que é a de fazer uma inteligência similar à do ser humano, é lento. Porém, os estudos nessa área têm surtido efeito em várias outras áreas, como o planejamento automatizado e escalonamento, jogos, programas de diagnóstico médico, controle autônomo, robótica e outras mais.

Os cientistas concluíram que são remotas as possibilidades da tecnologia se desenvolver até que passe a “evoluir” sozinha, como é retratado na maioria dos filmes sobre Inteligência Artificial. Entretanto, esse ramo de pesquisa é muito conflitante, pois existem os que apóiam as pesquisas e a ideia da máquina ter vida própria, como também existe o lado dos que não apóiam a ideia. Para muitos a existência de máquinas com o poder de pensar, sentir e até ter a capacidade de realizar atividades humanas é um fato inconcebível. Mas é fato que a Inteligência Artificial é o futuro da tecnologia humana. Com certeza, ela será a maior e mais utilizada ferramenta dos próximos anos. Para aqueles que acreditam que ela não poderá ocupar o lugar dos seres humanos, eu concordo, porém, ela conseguirá realizar boa parte do que o homem é capaz, auxiliando na maioria de suas atividades.