Notícia - Os Avanços da Tecnologia e o Mercado de Trabalho


PorFelipe Canan- Postado em 10 abril 2013

 

A notícia tem como principal assunto os aspectos positivos da evolução da tecnologia quando se fala em automação de processo e a substituição da antiga mão de obra pelos novos avanços tecnológicos. No último instante, ressalta também algumas características negativas de tais avanços.

Frisa-se que a gama de benefícios que a tecnologia de automação de processos e computadores trouxe é muito maior que a gama de malefícios. Inicialmente, fala-se que a queda inicial de oferta de vagas de trabalho foi rapidamente transposta por novas vagas com a criação de novas funções – agora especializadas com essa tecnologia. A implementação de tais tecnologias substituiu, ao longo do tempo, o trabalho meramente braçal por um trabalho que, apesar de ainda poder ser braçal, inclui porção intelectual em sua função. Essa diferenciação permite uma melhor qualidade de vida por fazer com que haja maior capacidade de pagamento – maior salário – e menor sacrifício físico por parte do trabalhador.

A questão negativa fica por conta da extrema dependência de quase todas as profissões em relação à tecnologia. O autor chama de "sociedade escrava dos computadores".

http://www.novidadesdeinformatica.com.br/tecnologia/avancos-tecnologia-mercado-de-trabalho

Críticas

É interessante notar a simplicidade do artigo, em termos de número de informações e argumentações, mas esse é justamente o propósito pelo qual foi escolhida essa notícia: a brevidade.

De forma geral, o mundo do trabalho é baseado nos métodos disponíveis na tecnologia vigente. Com tecnologia, quer-se dizer a maneira (método, instrumento, etc) da qual o homem se utiliza para realizar o serviço, seja ele braçal – em uma carroça para carregar feno, temos diversas tecnologias, como a roda – seja ele intelectual – em um computador de alta performance para análises clínicas -. Mais precisamente, o objetivo deste breve artigo é analisar o foco negativo que se deu à tecnologia de computadores e, mais precisamente, rebater o reflexo negativo que a rede internet e a automação de processos trouxeram ao mercado de trabalho.

Se analisarmos o impacto que a máquina a vapor trouxe ao modo de produção, na época em que foi descoberta e assimilada, podemos ter uma vaga noção do que a tecnologia de redes de computadores trouxe de impacto ao trabalho nas últimas décadas. Com uma precisão cada vez mais afiada, a tecnologia permite que um homem faça o trabalho de, digamos, dez outros, através da automação de processos; permite, ainda, a agilidade no processo de realização dos serviços, além de uma eficiência milimetricamente calculada em quaisquer operações que já forem dominadas no processo de trabalho, minimizando – mas não exterminando – as chances de erros.

Pensar na tecnologia como um malefício de modo a considerar nossa sociedade "escrava dos computadores" é deveras infantil, e é necessário refutar esse pensamento em sentido estrito. Se considerarmo-nos escravos de computadores, também somos escravos do fogo, da roda e de qualquer tecnologia que venha auxiliar na produção/eficiência do trabalho. Também o outro lado da moeda: relações extremamente impessoais como a de professor e aluno em cursos online jamais terão valor igual a uma relação pessoal, particular e viva – onde não há a interferência de tecnologia diretamente. Quer dizer, não é preciso "endeusar" a importância da tecnologia, assim como não é preciso extinguir sua importância.

É mister falar da tecnologia como um instrumento que serve para aproveitar toda a eficiência que uma rede de computadores pode proporcionar a um determinado serviço e, ainda mais, é imprescindível aceitar a substituição de uma função por outra quando uma nova tecnologia surgir e for capaz de suprir a necessidade de melhor forma e com mais eficiência.

O foco deve estar não em condenar os computadores e as tecnologias, mas sim em buscar apoio para a capacitação de profissionais aptos à suas utilizações e é aí que o bom Governo deve estar direcionado: proporcionar educação, envolvimento e informação de valia para os governados, a fim de que as inovações tecnológicas possam ser aproveitadas com maior eficiência. O interessante não é reprimir a tecnologia e dizer que somos dela escravos, mas avaliar a situação por caminhos mais sensatos, afinal de contas – e em um ponto é possível concordar com a notícia – a rede de computadores trouxe muitos benefícios ao mundo de trabalho.

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