Os robots ja dominam a rede


Porgeovana- Postado em 09 abril 2012

Os robos já representam a maior parte do fluxo na rede. Não, não são de metal, falam ou se movem sobre rodinhas, são  programas criados para obter conteúdo e vasculhar a rede. Alguns são amigos e coletam informação, mas outros são crackers em busca de quebrar senhas de segurança e invadir sistemas. Os dados não são precisos mas pesquisa indica que predominam sobre o uso humano.  No ciberespaço já vivemos nossa Blade Runner virtual. Segue a notícia fonte das informações, da Folha de são Paulo, caderno Tec de hoje.

 

 

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Máquinas representam até 90% da audiência de sites pequenos

Tráfego automatizado 'incha' resultado, que surpreende clientes

DE WASHINGTON

Uma surpresa comum que muitos clientes das empresas de segurança digital têm é a de descobrir que seus sites não têm tanta audiência quanto imaginavam.

Como alguns provedores não separam o tráfego robótico na hora de contar os "page views", a má notícia acaba sendo revelada pelo serviço de segurança.

"Tivemos clientes que, quando perceberam a enorme porcentagem de tráfego automatizado que estavam recebendo, ficaram com medo de mostrar os dados para seus departamentos de marketing", afirma Marc Gaffan, da Incapsula.

Matthew Prince, executivo-chefe da Cloudfare, empresa californiana que também presta serviços de segurança digital, diz que, em sites de pouca audiência, o movimento de robôs pode superar 90% de todo o fluxo.

A Cloudflare não fez uma estimativa semelhante à da Incapsula, mas seu executivo-chefe crê que a parcela do tráfego robótico seja um pouco menor.

"De um jeito ou de outro, o número é grande", diz Prince. "Hoje nós vemos mais tráfego do que Amazon, Wikipédia, Twitter, Zynga, AOL, Bing e Apple somados."

SISTEMA DE DEFESA

A maioria dos clientes das duas empresas são sites pequenos, cujos donos têm medo de ser atacados, mas não podem bancar uma equipe de defesa própria.

A solução é fazer o tráfego de internautas do site passar pelos servidores das empresas de segurança antes de acessar o conteúdo desejado. Esse procedimento é feito automaticamente, sem que o usuário perceba.

Apesar de mais de 60% dos autômatos na web serem mal-intencionados, o zelo com o acesso de robôs a sites tem limite. A Cloudflare, por exemplo, procura não barrar o acesso dos "crawlers" das ferramentas de busca. Isso impediria um site de ser listado no Google, por exemplo, deixando-o isolado.

ATAQUE AUTOMATIZADO

A imagem do hacker que passa madrugadas em claro tentando invadir um site é coisa do passado. Hoje, essa é uma tarefa de robôs, e as vítimas são cada vez mais escolhidas aleatoriamente.

Essas plataformas automáticas varrem a web em busca de sites que tenham fragilidades e tentam aplicar golpes que variam de publicação de spams a roubo de número de cartões de crédito.

(RAFAEL GARCIA)