Paradigmas do Homem-Social e a Nova Administração Pública - NAP


PorTatiana Zacheo ...- Postado em 27 novembro 2011

 

Questionar a administração pública é muito semelhante a questionar a administração. No entanto, quando olhamos a abrangência e o potencial social ao de falar em governo fica claro que o desafio é muito maior.
Voltamos aqui a questionar onde se inicia o indivíduo, o grupo, a sociedade e suas vontades essenciais. Porque muitos paradigmas caíram como premissas limitadas que afirmam:
 
  1. O ser humano médio tem aversão intrínseca ao trabalho e evitá-lo-á, se puder.
  2. Por causa desta característica humana de aversão ao trabalho, as pessoas, em sua maioria, devem ser coagidascontroladas, dirigidas, ameaçadas com punições, para que se convençam a contribuir com o empenho que lhes cabe dar aos objetivos organizacionais.
  3. O ser humano médio prefere ser dirigido, quer evitar responsabilidade, tem relativamente pouca ambição e almeja segurança acima de tudo.
Apoiado nessa visão de mundo fica difícil avançar numa sociedade mais participativa porque aqui não existe um líder e, sim, gerentes e supervisores que apresentam um papel pouco evoluído para ele mesmo e seus subordinados porque não existe cooperação. Assim, essa abordagem da administração é ineficaz, mesmo em suas versões mais moderadas, porque negligencia as necessidades sociais e individuais das pessoas.
 
 
 
 
Então, felicitando nossa sociedade, ocorre a quebra dos paradigmas – ainda não tão desvinculado de alguns conceitos, mas um grande avanço. São os novos pressupostos de McGregor:
 
  1. O dispêndio de esforço físico e mental no trabalho é natural
  2. O controle externo e a ameaça de punição não são os únicos meios para se obtiver empenho em prol dos objetivos organizacionais. As pessoas exercerão auto comando e autocontrole quando trabalham para objetivos com os quais têm compromisso
  3. O compromisso com os objetivos é função dasrecompensas associadas a seu alcance.
  4. Dadas às condições corretas, o ser humano médio aprende, não só a aceitar, mas também a assumir responsabilidade.
  5. A capacidade de exercer imaginação, engenhosidade e criatividade, em grau relativamente elevado, para resolver problemas organizacionais, está distribuída de forma ampla, não limitada, no seio da população.
  6. Nas condições da moderna vida industrial, o potencial intelectual do ser humano médio é utilizado  apenas parcialmente.
Assim, ainda sem definições exatas, a NOVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (NAP) vai ganhando um novo olhar mais participativo e compreendendo que existe um potencial intrínseco do homem-social.
 
 
Reflexão Pessoal no dia 22/11 durante a disciplina de E-GOV, EGC/UFSC.
do Capítulo V, HERANÇA INTELECTUAL, Teoria Geral da Administração Pública, Robert B. Denhardt