Pesquisadores encontram versão do SpyEye para smartphones


PorMaria Eduarda D...- Postado em 27 outubro 2011

Pesquisadores encontram versão do SpyEye para smartphones

http://www.linhadefensiva.org/2011/10/pesquisadores-encontram-versao-do-spyeye-para-smartphones/

Felipe Figueiró | 13/10/2011 04h53

A empresa de segurança ESET descobriu uma nova versão da praga SpyEye que opera nas plataformas Symbian, Blackberry e Android com o objetivo de invadir os sistemas de dupla autenticação para acessar informações do usuário.

O SpyEye é um cavalo de troia capaz de gerar uma “rede zumbi” e roubar contas bancárias. As ações dos hackers envolvidos já resultou no roubo de mais de US$ 3 milhões de dólares.

O malware é capaz de interceptar desde mensagens até ligações feitas pelo celular infectado. As informações roubadas são enviadas ao hacker.

O SpyEye tem maior atividade na Europa e Canadá, não sendo comum no Brasil. É ‘concorrente’ do Zeus, que já capaz de atacar celulares há algum tempo com o “Zitmo” (Zeus in the mobile).

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Os crimes de Internet fazem-se cada vez mais comuns de acordo com o aumento do uso dessa tecnologia com fins econômicos, como compras e transações bancárias. Os usuários tem grande dificuldade em manter seus computadores pessoais livres de ameaças, hackers, trojans e os mais diferentes vírus e malwares prontos para causar danos imensos a pessoas que utilizam-se de serviços online diariamente.

O crime, apesar de tipificado, ainda não possui sistema de investigação eficaz, o que dificulta imensamente a punição dos culpados, e os torna ainda mais crentes de sua impunidade. Rapidamente novos sistemas, como celulares e tablets, vem sendo alvos destes mal-intencionados, que não medem limites ou esforços para lesar o outro em benefício próprio, seja ele qual for.

Essa sensação de impunidade traz ao usuário e à sociedade uma visão de que a internet é um lugar-de-ninguém, um solo fértil para toda ação maliciosa ou desonesta brota tão rápido como ervas daninhas, e então torna-se mais evidente o questionamento sobre o controle do conteúdo que existe na internet – o que não removeria o problema, na realidade. As ações maliciosas vem através de usuários, dificilmente através do conteúdo postado na rede, argumento que se torna apenas desculpa para a limitação da liberdade dos usuários.

A internet não é apenas solo fértil para crimes, mas para manifestos políticos, para se encontrar pessoas com gostos em comuns e formar grupos interessantes, para fóruns de ajuda para todo tipo de atividades, entre muitas outras coisas. Os crimes de internet são vistos com muita severidade com aqueles que desejam controlar seu conteúdo, assim como já influenciam outras redes de comunicação, que já se adequaram ao contexto monista imposto não apenas pelo poder político, mas pela parte dominante da sociedade.

A internet é um espaço público e plural, onde cada um pode manifestar sua opinião sem temer repressão ou perseguição que não seja a moral, manifestada em pequenas proporções, ainda. Os usuários sabem o que desejam da internet e se manifestam com liberdade, claro, deixando a outros a liberdade de responder, se expressar, também. É um espaço de construção, a partir de pontos de vista contrários. Quanto mais antivírus são criados, quanto mais fortes as barreiras, mais escorregadios se tornam os criminosos, que justificadamente não sentem medo de punição. A solução para barrar tais ações é impor não apenas sanções sérias, materiais, para ações maliciosas e claramente criminosas, mas também movimentos para sanção moral de tais usuários, tornando-os minoria em um espaço tão amplo e que pode se tornar tão responsavelmente livre quanto a internet.