Reflexão sobre Introdução do capítulo X - Livro: A árvore do Conhecimento
Neste capítulo do livro Maturana e Varela apresentam uma síntese do que foi tratado ao longo dos capítulos anteriores. Ressaltam que partimos da qualidade de nossas experiências - autopoiese celular, a organização dos metacelulares e seus domínios condutuais, a clausura operacional do sistema nervoso, os domínios linguísticos e a linguagem.
Mostram como os fenômenos sociais, fundados num acoplamento lingüístico, dão origem à linguagem, e como a linguagem, a partir de nossa experiência cotidiana do conhecer, nos permite gerar a explicação que sentimos do mundo.
Mencionam que dois objetivos no livro eram fundamentais para desenvolver uma análise. Primeiro objetivo era fazer com que o leitor se sentisse motivado a ver todo o seu fazer no mundo: ver, saborear, preferir, rejeitar ou conversar – como produto dos mecanismos que descreveram. Procuraram seduzir o leitor a ver em si a mesma natureza desses fenômenos. A sensação que foi passada é que não termos um ponto de referencial fixo e absoluto, no qual ancorar nossas descrições do mundo e assim temos que nos cercar da observação apurara para defender a validade sobre a verdade das coisas.
OS autores destacam que se não afirmarmos a objetividade do mundo, parece que estamos propondo que tudo é pura relatividade, que tudo é possível, que negamos toda legalidade.
Por fim deixo esta citação do livro:
“Na verdade, todo o mecanismo de geração de nós próprios como agentes de descrições e observações nos explica que nosso mundo, bem como o mundo que produzimos em nosso ser com outros, sempre será precisamente essa mescla de regularidade e mutabilidade, essa combinação de solidez e de areias movediças, tão própria da experiência humana quando examinada de perto”.
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