Trajetórias de mulheres privadas de liberdade: práticas de cuidado no reconhecimento do direito à saúde no Centro de Referência de Gestantes de Minas Gerais


PorRoger Lamin- Postado em 20 agosto 2018

Autores: 
gravidez; prisão; integralidade.

Resumo:

Objetivo: Analisar a trajetória de

cuidado de mulheres de um Centro de Referência
a Gestantes Privadas de Liberdade (CRGPL), no
que concerne às práticas dos trabalhadores no
reconhecimento do direito à saúde e integralidade do
cuidado.
Metodologia: Adotaram-se a fenomenologia
sociológica e a teoria do reconhecimento proposta por
Alex Honneth (2003). Entrevistaram-se mulheres,
agentes penitenciárias, diretores do CRGPL e do
Hospital Sofia Feldman e profissionais de saúde, sendo
realizada observação direta.
Resultados e discussão:
Identificaram-se três planos de reconhecimento, sendo
que a autoconfiança foi verificada nas relações de
vínculo e acolhimento dessas mulheres por gestores
e trabalhadores. O autorrespeito foi identificado no
entendimento, de profissionais e gestores, de que essas
mulheres perderam seus direitos civis, mas que a saúde
como um direito deve ser garantida. Verificou-se a
autoestima na rede de solidariedade e compromisso
construída de forma que resolutividade, referência
e contrarreferência dessas mulheres sejam capazes
de garantir o direito e a integralidade do cuidado.

Conclusões: O estudo busca dar visibilidade a formas
de cuidado mais solidárias, em que a garantia à saúde e
ao cuidado integral não sejam apenas o cumprimento
de um direito individual, mas uma nova forma de
tratar essa questão na sociedade.

 

Palavras-chave: gravidez; prisão; integralidade.

AnexoTamanho
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