"web-gov" e cidadania


Pormarciele- Postado em 03 abril 2011

Com o advento das novas tecnologias, a sociedade está presenciando um processo de reestruturação global do modelo de desenvolvimento dominante, de um modelo industrial para um modelo informacional, que conforma uma nova arquitetura tecnológica, econômica, política, organizacional e, inclusive, novas formas de cidadania.
Neste ambiente de transformações, o livro ciberciudadanía o ciudadanía.com? de Perez Luño (2003) apresenta uma tendência atual de conversão do espaço virtual da internet num lugar onde as pessoas possam praticar sua cidadania digital. A partir disso, o autor explora as vantagens e ricos da teledemocracia, revelando a necessidade de dirigir o debate para as repercussões sócio políticas das novas tecnologias, a partir de um enfoque interdisciplinar (2003, p. 99).
No cenário brasileiro também é possível verificar a evolução do uso das tecnologias de informação para melhorar os serviços à população, são os chamados “Web-Gov” (iniciativas de e-governo realizadas por meio de sítios web), como exemplo podem ser citados: o orçamento participativo, os processos de votação eletrônica, as possibilidades de participação nos processos legislativos, com acompanhamento dos processos e envio de sugestões. Neste último caso, cabe destacar a experiência do Estado de São Paulo, que implantou, nos últimos anos, o Sistema do Processo Legislativo (sp.gov.br).
Em que pese a relevância das iniciativas de e-governo realizadas por meio dos sítios web dos municípios brasileiros, o que se verifica na prática é um baixo grau de “maturidade” do governo eletrônico, pois é dada mais atenção a aspectos de interface do que aos conteúdos e serviços oferecidos. Portanto, o nível de desenvolvimento de governo eletrônico depende, acima de projetos inovadores de TIC e e-gov, do uso da tecnologia em benefício da democracia e da participação.