Mercado de trabalho na era da informática
O texto defende uma releitura do Direito do Trabalho, diante de mudanças econômicas, sociais e tecnológicas que vem ocorrendo nos últimos tempos. Enfoca que se costuma evidenciar uma “crise do desemprego”, no entanto tal crise reflete a própria “crise da economia global”. Tal crise agiria como instigadora de reformas, de reestruturação, de repensar as relações do trabalho, de visualizar o direito do trabalho sob o foque da informatização.
Evidencia que o cerne da questão está na essência do capitalismo que continua defendendo a inter-relação lucro versus lucro. Enquanto se pensar na lucratividade a qualquer preço, em detrimento do princípio maior do bem estar social, o resultado será a exclusão crescente.
Desta forma, o primeiro passo a ser dado no sentido da evolução social como um todo, primando-se pela mantença do bem estar social é fazendo uso das novas descobertas em prol da sociedade em geral. Sendo também imprescindível uma reformulação da regulação jurídica do mercado de trabalho, de forma a adaptá-la à nova realidade da Internet.
Análise:
É evidente que a era da tecnologia traz cada vez mais exigências para mercado de trabalho. Há uma necessidade cada vez maior de profissionais capacitados para os novos serviços e necessidades que surgem.
No entanto, como evidencia o texto “Mercado de trabalho na era da informática” de Marcelo Oliveira Rocha, não podemos deixar de analisar a relação empregado x empregador. Relação esta que vem sofrendo grandes mudanças. O que não ocorre, entretanto, são transformações institucionais e jurídicas que acompanhem esse ritmo. Deste modo, cria-se uma tensão entre os segmentos que buscam transformações no campo empregatício e os trabalhadores que sentem ameaçados com determinadas mudanças. “O “novo” surge como uma ameaça, porque o desconhecido intimida.”
É imprescindível que se descuta o progresso das tecnologias e que sejam dadas as mínimas garantias no processo de mudança. Reformular a regulação jurídica do mercado de trabalho significa preservar a dignidade do trabalhador. Bem como impedir a flexibilização ou desregulação de direitos trabalhistas consolidados historicamente.
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