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Uma reflexão a respeito do documentário " A última hora" nos faz pensar muito em pouco tempo. As cenas revelam um turbilhão de eventos sucessivos que se inicia com a busca por um mundo melhor ao descrever progressos e benefícios, mas também mostra questões contraproducentes. Por fim, chega-se ao óbvio - a importância da essência do ser humano. Assim, depreende-se que não existe obviedade.
A partir de muito investimento, o petróleo é o recurso que pode gerar rapidez e diminuir custos dos produtos e serviços. Em contrapartida causa danos irreparáveis à saúde e ao meio ambiente. Várias são as discussões sendo consenso que alguns fatores são provocados pelo homem e ameaçam a ecologia. A poluição tem causado doenças, o uso de pesticidas afetado rios, toxinas despejadas no oceano, depósitos tóxicos atingido comunidades negras, dentre outros. A reação parece inevitável - mudanças climáticas, efeito estufa, desmatamento e extinção de espécies.
Este desequilíbrio tem caracterizado a difícil ponderação entre economia e biosfera. Muitas das decisões parecem tender a política em detrimento a técnica. Parece haver interferência na dúvida do ser humano entre consumir ou ser feliz - difícil escolha. Observa-se assim, uma insensatez, já que a natureza faz de graça o que os países gastariam o dobro para fazer, como por exemplo a limpeza do ar com suas florestas naturais. Uma alternativa são as soluções de economias sustentáveis com a indústria de combustíveis fósseis.
Todavia, muitas das externalidades percebidas são apenas sintomas. Talvez o problema seja a vaidade do homem. É preciso descobrir o objeto de desejo para se encontrar a raiz do problema. " Perdemos a beleza ao tentarmos possuir o mundo". Então, o que fazer para ajudar? a generosidade é uma resposta plausível, tal como a frugalidade. Ao sermos generosos e experenciar uma vida simples, seria possível devolver ao ser humano a sua essência. Então, é razoável pensar que, cada um de nós deve identificar sua paixão, o que gosta de fazer, amar o lugar em que mora, sua cidade e agir com consciência. Amar é a força que nos move, é o espelho externo do estado interno. O bem estar e o amar estão associados (Maturana e Yánez, 2009). Enfim, " O planeta Terra tem todo o tempo do mundo, mas nós não temos". Pense nisto !
Fontes:
Filme "A última hora".
MATURANA, H.R; DAVILA, X. Y. Biologia do Tao ou o caminho do amar. In: Habitar humano em seis ensaios de biologia cultural , São Paulo: Palas Athena, 2009.