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O filme “A corporação” é um documentário que relata o relacionamento de grandes empresas com o indivíduo no que se refere aos aspectos social, cultural e político. "As corporações sempre foram amigas de políticas totalitárias", diz o historiador Howard Zinn. O documentário debate o poder corporativo e visa atrair a atenção para a mudança de mentalidade. "Nós queremos mostrar às pessoas que elas ainda podem mudar as coisas", disse Joel Bakan, roteirista do filme. A idéia é mostrar a "psique" corporativa e lembrar que a sociedade é capaz de dominar o monstro criado.
Nesta questão, percebe-se certo alinhamento ao que diz respeito a ação humana e seu sentido ético (Maturana e Varela, 2001, p.267). “O conhecimento do conhecimento obriga” afirmam os autores. Esclarecem que somos obrigados a assumir atitudes permanentes de vigília contra a tentação da certeza, a reconhecer que as certezas não são provas da verdade, e que o mundo é aquele que construímos uns com os outros. Tal obrigação é imposta pelo conhecimento porque ao saber que sabemos não podemos negar. Afirmam que esse saber leva a uma ética inevitável que não podemos desprezar. Portanto, o ponto central da ética é assumir a estrutura biológica e social do ser humano, isto é, colocar no centro a reflexão sobre aquilo que o ser humano é capaz e que o distingue dos outros seres vivos.
MATURANA e VARELA. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. São Paulo: Palas Athena, 2001.