Há vários fatores que contribuem para que os crimes virtuais sejam tão difíceis de serem detectados e/ou punidos: dificuldade de encontrar provas, ausência de uma legislação que consiga, efetivamente, se voltar ao problema do crime virtual (vácuo regulatório), bem como o fato de não haver uma boa articulação de instituições para impedir ou detectar esses crimes. A maioria dessas dificuldades se dá porque esse tipo de crime é ainda uma infração “nova” no cenário jurídico. Os crimes virtuais passaram a ser mais conhecidos a partir de 1997, quando muitos casos passaram a ser freqüentemente divulgados pela mídia, ganhando assim repercussão nacional.
O problema é que, desde que surgiram, esses delitos vem se aprimorando cada vez mais, em uma velocidade surpreendente. E, enquanto os infocrimes passavam por essa evolução, as leis e os órgãos públicos, que deveriam proteger os usuários de computadores desses crimes, se tornam cada vez mais obsoletos, em parte por causa da rápida evolução das técnicas desses criminosos, mas também pela incapacidade mostrada pelo poder público de se adequar à situação em que se encontra e em encontrar alternativas para acabar com esse problema.
Com isso, o cibercrime encontra cada vez mais espaço para “pintar e bordar” na rede, tanto que, como exposto na notícia, estes crimes virtuais, se continuarem no rumo em que estão, podem vir a ser mais danosos para a economia do que a crise de crédito, que foi a pior crise financeira já vivenciada pelo sistema capitalista.
A chamada “crise virtual” dos crimes pela internet deveria, então, ser tratada com “mais respeito” pelo poder público, tendo em vista os estragos que esta poderia causar na economia global.
Link para a notícia na Globo.com: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL868588-6174,00-CRIME+VIRTUAL+PODE+CAUSAR+MAIS+PREJUIZO+QUE+CRISE+ECONOMICA.html [1]