RESUMO
A reportagem trata da Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos (ICCyber), que é realizada todos os anos no Brasil com a finalidade de discutir os crimes cibernéticos e avançar no combate a esse tipo de crime, principalmente os mais conhecidos como acessos a contas bancárias. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Especialistas em Alta Tecnologia (ABEAT) e conta com o apoio e a colaboração técnica da Polícia Federal e do FBI (Polícia Federal dos Estados Unidos).
A IV ICCyber conta com palestrantes de todo o mundo, como especialistas das instituições policiais da Interpol (EUA), Serviço Secreto dos EUA e a Scotland Yard, na Inglaterra. O evento é voltado para policiais e agentes públicos responsáveis pela persecução dos crimes cibernéticos.
Para ajudar no combate a estes crimes a polícia federal brasileira recebeu investimentos, há dois anos, na ordem de 11,5 milhões de dólares para modernizar a área pericial de informática. O dinheiro serviu para a aquisição de softwares, hardwares, estações de computadores e aparelhos para clonagem de discos rígidos.
O perito criminal da PF e chefe do setor de informática da unidade central, Marcus Vinicius Lima, disse na coletiva de imprensa da conferência que um dos maiores problemas em combater os crimes cibernéticos está na legislação atual do país, que é falha, e na ineficiência cooperação internacional. Ele ainda ressaltou que os crimes são proporcionais a quantidade de acesso a internet. E o Brasil é o campeão no ranking de horas conectadas a internet. De acordo com os dados da reportagem os autores destes crimes faturam cerca de 100 milhões de dólares por ano, causando um prejuízo em cerca de 1 trilhão de dólares para empresas de todo mundo.
OPINIÃO
Acredito ser muito importante existir conferências como esta todo ano, para que mantenha os policiais atualizados com novas tecnologias, facilitando assim a descoberta e a captura dos que causam esse prejuízo para empresas e famílias.
Contudo, é preciso uma legislação eficiente, pois no Brasil ainda não existe uma lei que puna aquele que apenas alterou dados, por exemplo. Portanto, não adianta a polícia prender, ser vigilante, se não há uma punição efetiva. Com uma legislação forte poder-se-á combater melhor esse tipo de crime.
REFERÊNCIA