Um estudo realizado pelo Instituto de Governo Eletrônico e pelo Movimento Nossa São Paulo apresentado em março do ano passado revelou que 38,5% das prefeituras paulistas ainda não têm site oficial na internet. De acordo com o estudo, a presença do governo municipal na rede e a oferta de serviços e informações por esse meio de comunicação são fundamentais para democratizar a relação com os cidadãos.
No estado de São Paulo, apenas 414 das 645 cidades paulistas integram a rede mundial de computadores em caráter oficial. O estudo mostra que o nível médio de 'web-gov' é muito baixo, o que compromete a democracia na relação com os contribuintes. Apenas São Paulo e São Carlos conseguiram atingir nota 3, próxima do mínimo recomendável (4). Os especialistas também mediram o grau de 'e-democracia' nas cidades paulistas. Só três cidades tiveram nota maior que 3 e apenas São Paulo ficou acima da nota 4, que indica acesso dos cidadãos a informações e decisões do governo. Nenhum dos municípios paulistas atingiu a nota 7, que indica o uso de pesquisas eletrônicas para que o governo possa ouvir a sociedade. A nota 10 significa o ideal: a divisão de decisões entre cidadãos e governo por meio da internet. Sites de grandes cidades municipais e até de pequenas comunidades da Inglaterra já atingiram esse nível. Nestas cidades, cidadãos já conseguem matricular os filhos e acompanhar suas notas pela internet, além de acessar pelo menos outros 300 tipos de serviços.
De acordo com o estudo, a maioria dos sites das prefeituras paulistas tem mais preocupação com visual, conteúdos e informações do que com prestação de serviços.
COMENTÁRIO:
Nota-se que na atual sociedade da informação, o acesso à mesma tem sido democratizado. O Governo eletrônico, que visa a universalização dos serviços, precisa justamente dessa universalização no acesso afim de combater a alienação dos cidadãos com relação aos gastos e decisões do governo. No entanto, o que se vê ainda é a difuculdade de acesso da população a essas informações que buscam maior transparência na relação entre o governo e a população em geral.
Para que essa realidade esteja de fato presente na totalidade das cidades do estado de São Paulo e do País inteiro, é preciso investir em infra-estrutura tecnológica e capacitação dos cidadãos, forencendo-lhes informações atualizadas e precisas.
A notícia mostra ainda que a prestação de serviços vem sendo relegada à segundo plano nos sites das prefeituras de São Paulo, o que acaba dificultando a efetiva participação e utilização pelos usuários dos benefícios teoricamente trazidos pelo E-government.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL635371-5601,00-ESTUDO+DIZ+QU... [1]