A classificação dos modelos de negócio na Internet, segundo a taxonomia de Michael Rappa é a seguinte [1]:
- Corretagem: agentes / intermediários são criadores de mercado, aproximam compradores e vendedores e facilitam transações comerciais entre ambos;
- Propaganda: mensagens publicitárias na forma de insígnias publicitárias (banners), é a principal fonte de receitas;
- Infomediário: empresas que funcionam como intermediárias de informação, ajudando os compradores e/ou os vendedores a compreenderem um determinado mercado;
- Loja: vendas em geral, leilões, loja física (também) ou só virtual;
- Venda direta: fabricantes vendem direto para os compradores;
- Afiliação: existência de incentivos financeiros (comissões de venda) a websites afiliados de parceiros;
- Comunidade: fontes de rendimento podem ser baseadas na venda de produtos e serviços auxiliares ou por contribuições voluntárias dos utilizadores;
- Assinatura: é cobrada uma quantia periódica (diária, mensal ou anual) aos utilizadores para terem acesso a conteúdos do seu interesse;
- Indireto: serviços que agregam usuários para futuramente ter receita, ex. google, facebook.
Como obter algum rendimento em aplicações de Governo Eletrônico? A maioria das aplicações não se enquadram nesta taxonomia citada. Talvez uma possibilidade seria explorando o conceito de transparência do governo, onde serviços poderiam ser criados, com base nas fontes de informações que seriam disponibilizadas pelo governo.
Algumas iniciativas na transparência dos dados governamentais brasileiros, segundo a Controladoria Geral da União (CGU) [2], são: o Portal da Transparência, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Pregão Eletrônico e o Sistema de Convênios. Para o ministro da CGU, Jorge Hage, essas soluções representam avanços na transparência e destaca a necessidade de regulamentação e de criação de prazos para respostas aos cidadãos, além de critérios para a classificação do que é sigiloso.
O Serpro é o criador dos sistemas que alimentam o Portal da Transparência (www.portaltransparencia.gov.br [2]) com dados sobre os gastos do governo federal, dos sistemas de votação eletrônica nas eleições brasileiras e dos sistemas para preenchimento e transmissão do Imposto de Renda Pessoa Física. O diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni avalia que o Brasil está entre os cinco países mais adiantados no funcionamento de governo eletrônico, mas pondera que a prestação de informação ainda é fragmentada conforme a origem e modalidade [3].
Por: Débora Cabral Nazário
Referência utilizada:
[1] Barradas, Luís Cláudio dos Santos. Integração Inter-Empresarial do Negócio em Rede. Dissertação de Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. 2004. Acessado em: Novembro, 2011. Disponível em: http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/11863/2/Texto%20integral... [3]
[2] http://www.governoeletronico.gov.br/noticias-e-eventos/noticias/governos... [4]
[3] http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-28/serpro-discute-em-bra... [5]