Artigo retirado da internet: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/view/7031/5007 [2]
Acesso em: 28 set. 2009.
O trabalho tem o objetivo de provocar uma discussão e reflexão sobre os
saberes informais construídos por atores sociais, que não estão inseridos no contexto
da sociedade científica e tecnológica, onde o conhecimento é hegemônico e
institucionalizado. Desses atores existentes e atuantes na sociedade, aponta-se a
parteira tradicional, cujos relatos trazem as técnicas e os artefatos utilizados por ela na
assistência ao parto. Comenta a importância do processo do nascimento para a mulher
e para o bebê, e a ética do cuidado utilizado pelas parteiras, que ao valorizar
sobremaneira o corpo da mulher, assim como o evento ritualístico do processo do parto,
atribui um significado especial ao fenômeno da gestação, parto e puerpério. Chama a
atenção para os modos diferentes de tratar o mesmo fenômeno: de um lado, as
parteiras, seus saberes adquiridos na prática e o uso de técnicas e artefatos simples, e
de outro, os cuidados hospitalares e o uso de aparelhos tecnológicos sofisticados,
muitas vezes considerados invasivos. Sugere o compartilhar dos saberes científico e
tácito, e conclama a área de conhecimento do direito a teorizar pela liberdade de
atuação das parteiras tradicionais.
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