Após o julgamento e condenação dos responsáveis por um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos do mundo, o "Pirate Bay" (referido em "A Baía dos Piratas", aqui no blog), o Partido Pirata sueco triplica sua popularidade e ruma ao Parlamento Europeu, conforme as pesquisas. "viramos o terceiro partido em número de adesões na Suécia."
Focalizando-se em temas negligenciados pelos concorrentes de ambos os posicionamentos, o partido propõe discussões relacionadas à proteção da privacidade, e, ao mesmo tempo, ambicionam a publicização do conteúdo online, "o compartilhamento do saber", conforme as palavras de Ulf Bjereld, cientista político da Universidade de Gotemburgo.
A maioria dos adeptos são do gênero masculino, e, em geral, amantes da informática. Há a presença de partidos com ideais similares em vinte outros países, entre os quais a Alemanha e a Polônia.
Uma questão de tal polemicidade deve de fato ser trazida à tona no âmbito político, o que de fato tardou a acontecer. Creio que concordam ser necessário a uma discussão como esta ganhar foco em um espaço mais formal de debate, visto que presenciamos sempre opiniões fortemente conflitantes a respeito do assunto, principalmente em nosso país, onde a prática é muito frequente. Um outro detalhe, porém, concebe-se no fato de que os dois objetivos citados pelo partido não deixam de ser contraditórios, ou, no mínimo, conflitantes. Uma vez que os grandes sites de compartilhamento são também grandes veículos de disceminação de spywares e afins, não são convenientes à preservação da privacidade do internauta. Como também o fato de que a pirataria, em si, já representa, de certo modo, um atentado à privacidade do artista, ou daquele que possui o direito legal de comercialização da obra.