Texto retirado da INternet, no endereço http://www.fch.fumec.br/cursos/mestrado/dissertacoes/juliana_amorim.pdf [2], em 04/06/2009
Este trabalho se propõe a investigar a relação da polícia militar, muitas vezes composta por pessoas pertencentes à classe economicamente inferior, com os moradores de um dos mais tradicionais aglomerados da capital mineira, a Pedreira Prado Lopes, num contexto pós Constituição de 1988, que contempla uma nova concepção para a efetivação da consciência cidadã brasileira. Para se conhecer a realidade do cotidiano, tanto de moradores do aglomerado, quanto de policiais que ali trabalham, realizou-se uma pesquisa de campo, com a finalidade de se entender as experiências vividas e os conflitos que os envolve. Foram entrevistados dois moradores tradicionais e dois praças da Polícia Militar, abordados nos locais que moram e trabalham. A pesquisa teórica procurou centrar-se na temática específica sobre o conflito existente entre o morador de favela e o policial, permitindo observar que tal conflito teve origens nas antigas e ainda permanentes ideologias de combater o cidadão economicamente fraco, que seria um insurgente em potencial. Ficou também evidenciado, que a formação policial tradicional e a crescente violência gerada pelo tráfico de drogas, aumentam ainda mais a tensão que existe nesta relação entre braço armado do Estado e a população mais carente de recursos materiais, moradora de regiões de conflito como os aglomerados e favelas, o que faz com que as prerrogativas constitucionais de direitos e cidadania fiquem, por demais, prejudicadas.
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