A evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação estimula novas formas de relacionamento entre os atores sociais e possibilita um maior controle sobre as ações públicas, contribuindo para a aproximação do ideal democrático do Estado brasileiro. Impende ressaltar que a democracia discutida (democracia eletrônica) não tem como intuito substituir, mas apenas auxiliar os mecanismos atuais elencados na C.F., como o voto periódico e secreto, as assembleias populares, referendos, plebiscitos.
A internet e os serviços online, principais elos entre esses atores, se configuram como um ambiente onde cidadãos e gestores públicos têm a oportunidade de dialogar diretamente, sem a intermediação burocrática percebida na prática, que é mais custosa e menos efetiva.
Essa comunicação cidadão-Estado é um canal de mão dupla, visto que ao mesmo tempo que o governo disponibiliza a informação, ele também a recebe, podendo assim apontar as carências e virtudes da administração pública, o que auxilia no processo de fortalecimento da democracia.
O termo eletrônico não pode se limitar apenas ao contexto online. Deve abranger também softwares inteligentes, simuladores e hardwares acessíveis a grande maioria dos cidadãos. Além dessa necessidade, para a concretização da democracia eletrônica é preciso, sobretudo, o interesse da sociedade em discutir os problemas da administração pública.
Portanto, a democracia eletrônica deve ser vista como o uso de tecnologias de comunicação e informação em prol do maior relacionamento entre o cidadão e o gestor público, visando participação nos processos deliberativos e decisórios