As fronteiras do teletrabalho

Amor sem escalas (2009)

Ryan Bingham (George Clooney) tem por função demitir pessoas. Por estar acostumado com o desespero e a angústia alheios, ele mesmo se tornou uma pessoa fria. Além disto, Ryan adora seu trabalho. Ele sempre usa um terno e carrega uma maleta, viajando para diversos cantos do país. Até que seu chefe contrata a arrogante Natalie Keener (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de videoconferência onde as pessoas poderão ser demitidas sem que seja necessário deixar o escritório. Este sistema, caso seja implementado, põe em risco o emprego de Ryan. Ele passa então a tentar convencê-la do erro que é sua implementação, viajando com Anna para mostrar a realidade de seu trabalho.

Ficha do filme:
http://www.adorocinema.com/filmes/amor-sem-escalas/

Trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=-B_-jNro3pM

O teletrabalho promete modificar completamente a concepção atual de trabalho. A idéia de um local específico para o exercício da profissão vem perdendo espaço a medida que a divisão entre o emprego e o restante da vida das pessoas parece se reduzir gradativamente. O trabalho intelectual acaba transcendendo a barreira do espaço físico do empregador, uma vez que grande parte das melhores idéias são pensadas durante os períodos fora da mesa de trabalho. O empregado já não se desliga dos seus afazeres quando sai do seu escritório, fato que ocorre nos empregos que privilegiam o trabalho estritamente físico, os quais vem diminuindo devido a substituição de mão-de-obra por máquinas. Na sociedade do conhecimento as idéias não escolhem lugar para aparecer.

Outro ponto extremamente relevante quanto ao teletrabalho diz respeito a quebra de barreiras físicas, como tratado no filme "Amor sem escalas". Através dessa ferramenta não se faz necessário a presença do empregado tanto na empresa, quanto nos locais onde a pessoa deveria prestar um serviço. Uma questão pertinente e que se torna um dos pontos principais de discussão a respeito da utilização desse recurso é relativa ao fato de ser realmente possível acabar com relação física em determinados serviços no quais a presença de fato da pessoa atualmente parece ser fundamental. Entretanto, com o desenvolvimento do sociedade talvez seja possível em breve termos uma relação virtual muito mais próxima do real e com isso resolver algumas das pendências do teletrabalho.