Os caminhos para o avanço do governo eletrônico
A administração pública brasileira tem se empenhado em adotar as tecnologias de informação e comunicação (TICs). Isso viabilizou um novo modelo de gestão pública, hoje conhecido por governo eletrônico.
O governo eletrônico favorece a melhoria dos serviços públicos, o aumento de eficiência, a transparência e a interaçâo entre o governo e a sociedade. Contudo, nem todos têm acesso a essa nova foma de interação com o poder público.
Há duas grandes lacunas deixadas pela informatização: os moradores do campo e a população urbana de baixa renda. 20% dos domicílios nas cidades possuem computador com acesso à internet, contra apenas 4% das residências nas áreas rurais. Uma análise mais profunda do acesso à internet nas cidades deixa transparecer outra desproporção: 93% dos domicílios da classe A possuem acesso à rede. Já nos domicílios das classes D e E o acesso à internet não chega a 1%. Esse quadro é agravado pelo fato da classe A representar 1% da população urbana e as classes D e E um terço dos indivíduos nessa àrea.
Outra pesquisa revelou que a população encontra dificuldades para o uso do governo eletrônico. Os motivos mais citados foram "prefiro fazer o contato pessoalmente", "usar a internet para o contato com a administração pública é muito complicado" e "preocupação com proteção e segurança dos meus dados".
Fonte:http://www.cgi.br/publicacoes/artigos/artigo63.htm
Comentário:
O governo eletrônico sem dúvida é uma grande contribuição à sociedade, permitindo ao cidadão uma maior interação com a gestão pública. Mas usar a internet de forma efetiva como um canal de comunicação entre o governo e a população levará algum tempo. Primeiramente devido aos motivos listados no texto: falta de acesso da população rural e urbana de baixa renda à internet. Outro motivo são as dificuldades relatadas pela população que possui acesso à internet em acessar os sites do governo. Isso pode ser indicativo de dois problemas: os sites relacionados ao governo não são de fácil navegação, o que inibe a população a acessá-los, ou a pequena parte dos brasileiros que possue acesso à rede não está interessada em usar a internet para informar-se sobre a gestão pública.
