União Europeia permite que investigadores dos EUA acessem dados de bancos


PorAnônimo- Postado em 20 outubro 2010

Reportagem: O Parlamento Europeu aprovou um novo acordo para permitir que investigadores de agências antiterrorismo dos Estados Unidos tenham acesso a dados de bancos europeus.
A aprovação da proposta ocorreu após negociações com autoridades americanas, depois que um acordo anterior foi bloqueado pelo Parlamento Europeu em fevereiro.
Os negociadores da União Europeia afirmam que o novo acordo dá a representantes europeus autoridade para monitorar as ações dos investigadores americanos.
O acordo dá aos Estados Unidos acesso a informações por meio de um sistema da companhia Swift (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication), que lida com milhões de transações bancárias diariamente.
O governo americano afirma que o acordo é muito importante na luta contra o extremismo, como parte do Programa de Rastreamento de Financiamento ao Terrorismo, estabelecido pelos EUA depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Segundo este novo acordo, a agência de polícia europeia, Europol, vai avaliar se pedidos de dados específicos são necessários para a luta contra o terrorismo antes que os dados sejam enviados para os Estados Unidos, afirmou a Comissão Europeia, órgão executivo da UE.

A Comissão também vai nomear autoridades europeias que vão monitorar os investigadores americanos. Há também uma exigência de que os dados nunca sejam enviados para outros países, fora dos Estados Unidos ou da União Europeia.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/764043-uniao-europeia-permite-que-inves...

Comentário:

Sabe-se que a internet, hoje, é o maior meio de comunicação, informação. Além disso, as transações bancárias on-line já ultrapassam as feitas nos caixas eletrônicos e são inúmeras as compras, os negócios praticados na rede. Em favor a essas necessidades atuais, criam-se mecanismos de defesa de sites, inovam-se as formas de pagamentos seguros com os cartões de crédito, antivírus e as mensagens criptografadas dos internautas são aperfeiçoados todos os dias: tudo na luta contra a invasão de privacidade e a segurança da informação na web.

Questiono, contudo, se todas essas armas a favor da segurança e privacidade terão êxito quando o Estado – com seu monopólio legítimo da força – necessitar de informações sobre seus cidadãos ou até de outros países, como o analisado na reportagem. Será que a população, que de alguma forma deixou suas informações pessoais na internet, terá como defender sua privacidade do Estado? Como as pessoas poderão saber se sua privacidade e seus dados pessoais estão sendo acessados e analisados por algum agente do Estado? De que maneira o cidadão será ressarcido se for, ciberneticamente, prejudicado? É válida a reflexão.