Valores Éticos – Nova Administração Pública


Porfabimacedo- Postado em 28 novembro 2011

Precisamos resgatar os valores éticos de nossa sociedade para melhor desenvolvermos e exercemos a democracia em nosso país. Em meio a tantas denúncias de mal-uso do dinheiro público, ministros corruptos e primeiras-damas desviando dinheiro de áreas que deveriam ser “sagradas”, como a merenda, fica a pergunta: Como resgatar os valores éticos da Administração Pública?

A preocupação com a ética vem sendo debatida a algum tempo pelos teóricos da  administração. Para Redford a “moralidade democrática” passa pela participação do indivíduo para garantir o desenvolvimento da democracia, e o controle das responsabilidades do setor público. Dehard aponta duas propostas a respeito do controle das organizações públicas: Formação ética e moral e controle das atividades dos servidores públicos. 

Certamente, o serviço público deve ser eficiente, passar por fiscalização e ter medidas coercitivas para aqueles que ultrapassam os limites da moral e da ética. Entretanto, para construirmos uma sociedade mais ética é necessário preparar profissionais e cidadãos para assumir suas responsabilidades democráticas  e agir de forma aderente aos valores morais.

Facilmente, podemos apontar e verificar na mídia e em nosso meio, os desvios de conduta de nossos representantes, políticos, agentes públicos. Porém, são poucas as ações voltadas a mudar essa realidade em nosso dia-a-dia, com movimentos para promover o comprometimento pela responsabilidade democrática. Uma idéia é promover nas universidades, escolas, redes sociais a discussão da ética e responsabilidade social .

Para promover a participação universal, Redford indica algumas formas básicas: “o acesso à informação, com base em educação, governo transparente, comunicação livre e debate franco; o acesso direto ou indireto a fóruns de decisão; a capacidade de trazer e apresentar qualquer questão ao debate público; a capacidade de expor seus anseios, sem medo de retaliação coerciva; e a consideração de todos os anseios externados”

Tudo indica que cidadãos e agentes públicos engajados e movidos pelo espírito do bem comum são a melhor esperança para se alcançar uma sociedade mais justa e democrática. Uma possível solução e começarmos por uma reflexão de nossos próprios atos e ações. E nos comprometermos com atitudes éticas e fiscalização daqueles que elegemos para nos representar.

Por: Fabíola Macedo