Consciência e ideologia ecológica: razões egoístas e morais


PoreGov- Postado em 04 março 2011

Autores: 
FERNANDEZ, Manuella Maria
FERNANDEZ, Atahualpa

A extinção é um fato natural para as espécies do mesmo modo que a morte o é para os indivíduos. Cedo ou tarde todas as espécies terminam por registrá-la como complemento em seu registro vital. Mas não existe um único tipo de extinção: há espécies que se extinguem para dar passo a outras evolutivamente mais modernas (como há ocorrido, por exemplo, no passo de Homo erectus a Homo sapiens) e outras que em câmbio se extinguem sem dar lugar a novas formas. Ao primeiro tipo se lhe denomina cronoespécies, quer dizer, espécies que têm nomes distintos, mas que são uma descendente da outra (Ayala, 1999). A transformação de uma espécie em outra sempre se produz mediante um processo gradual.

O segundo tipo vem a significar um conjunto de formas de vida que, em um momento pontual e por causas diversas, se convertem em não-adaptativas e se encontram próximas à extinção pela seleção natural. A espécie, ou responde a cada desafío ambiental com adaptações apropriadas, ou se extingue. (Ayala, 1999). De tal sorte que a extinção pode considerar-se uma realidade frequente desde que há 3.500 milhões de anos apareceram as primeiras formas de vida na Terra. Tanto é assim que os cientistas já chegaram a afirmar que 99% das espécies que hão existido no planeta já se acham extintas. O célebre paleontólogo George Gaylord Simpson (1967) parecia apontar na mesma direção quando, há mais de quarenta anos, escrevia que ?as
espécies extintas devem, enfim, haver sido muito mais numerosas que as que agora vivem. O total de todos os organismos que hão vivido desde sempre na terra desafia nossa imaginação?.

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